O Banco Central (BC) informou que os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 5,349 bilhões em fevereiro deste ano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (07).
Ao todo, de acordo com a instituição, os saques somaram R$ 265,360 bilhões no mês passado, enquanto os depósitos atingiram R$ 260,010 bilhões.
É o 2º mês deste ano com mais saída de dinheiro da poupança do que entrada de recursos.
Em janeiro, as retiradas superaram os depósitos em R$ 19,665 bilhões, na maior saída líquida (acima do volume de depósitos) mensal já registrada pelo BC. A série histórica da poupança tem início em janeiro de 1995.
O resultado de fevereiro deste ano, porém, ficou um pouco melhor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando os saques superaram os depósitos em R$ 5,864 bilhões.
O movimento de retirada de recursos coincide com os tradicionais gastos de início de ano, como os impostos IPVA e IPTU, além de matrícula e material escolar e compras parceladas de fim de ano.
Em 2021, os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 35,497 bilhões.
Mesmo com a saída líquida de recursos da poupança deste mês, o volume total aplicado registrou queda. O saldo da poupança permaneceu em R$ 1,016 trilhão em fevereiro.
Além dos depósitos e dos saques, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também são contabilizados no estoque da poupança. Em fevereiro deste ano, os rendimentos somaram R$ 5, 219 bilhões.
A saída de recursos coincide com a baixa rentabilidade da poupança, mesmo com o aumento da taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano, na última reunião do Copom do BC.
Desde o final do ano passado, quando a Selic ultrapassou o percentual de 8,50% ao ano, a rentabilidade da poupança voltou à regra antiga, deixando de pagar 70% da taxa básica de juros.
A regra atual fixa o rendimento da poupança em 0,5% ao mês + TR, ou 6,17% ao ano + taxa referencial (TR) – o mesmo que já era pago para a chamada “poupança velha” (depósitos feitos até abril de 2012).