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O estreito de Bab al-Mandab, entre a África e a Península Arábica, é uma importante rota comercial que transporta 12% do comércio mundial em volume e 30% do tráfego mundial de contêineres. No entanto, os ataques de drones e mísseis dos rebeldes houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, estão ameaçando fechar o estreito.
De acordo com o The Economist, as quatro maiores empresas de transporte de contêineres do mundo, CMA CGM, Hapag-Lloyd, MSC e Maersk, já interromperam ou suspenderam seus serviços no Mar Vermelho. Com o risco crescente de navios serem atacados, a indústria naval global está entrando em modo de emergência.
Os ataques dos houthis têm duas implicações principais: uma para a economia mundial e outra em relação aos riscos de uma escalada militar no Oriente Médio.
Para a economia global, um encerramento prolongado da rota de Suez aumentaria os custos comerciais, uma vez que o transporte marítimo seria desviado via África, o que levaria mais tempo, e os prêmios de seguro disparariam.
Para os Estados Unidos e seus aliados, a ameaça houthi é preocupante. O grupo militante tem um arsenal sofisticado de mísseis anti-navio, e acredita-se que receba informações de navios de vigilância iranianos no Mar Vermelho.
Uma resposta militar mais ampla à ameaça houthi é provável. Uma força multinacional liderada pela Marinha dos EUA já está operando ao largo da costa do Iêmen, mas tem tido dificuldade em manter a crise sob controle.
A principal alternativa é atacar diretamente os houthis e seu arsenal. Tanto os Estados Unidos quanto Israel desenvolveram planos para atacar os depósitos e ônibus houthis.
No entanto, os Estados Unidos encontrarão dificuldades para expandir seu envolvimento no Oriente Médio, e Israel não quer um novo conflito. Se o Irã e seus aliados houthis continuarem os ataques, a escalada poderá ser inevitável.