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O pagamento de benefícios previdenciários pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que atende trabalhadores do setor privado, alcançou o valor recorde de R$ 577 bilhões nos primeiros sete meses deste ano, segundo dados do Tesouro Nacional.
Esse montante, o maior registrado para o período, se aproxima dos R$ 600 bilhões. A comparação histórica é viabilizada pela atualização dos valores pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que reflete a inflação oficial.
Nos últimos três anos, o décimo terceiro salário dos aposentados foi antecipado e pago integralmente ainda no primeiro semestre. Para o ano de 2024, o governo prevê que os pagamentos de benefícios previdenciários atinjam R$ 923 bilhões, o que representa uma redução em relação ao ano anterior, com os valores ajustados pela inflação para permitir uma comparação precisa.
Analistas sugerem que a projeção para este ano pode estar subestimada pelo governo. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esclareceu que os gastos de 2023 foram inflacionados pelo pagamento de precatórios acumulados pela administração anterior, sob o ex-presidente Jair Bolsonaro, que aprovou uma PEC para esse fim.
Para 2025, a proposta de Orçamento prevê um aumento de R$ 71,1 bilhões nos benefícios previdenciários, excluindo precatórios. Esse incremento corresponde a metade do aumento de R$ 143,9 bilhões no limite de crescimento das despesas discricionárias, que são os gastos não obrigatórios dos ministérios.
