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O coordenador do Drex no Banco Central (BC), Fabio Araujo, disse nesta quinta-feira (03) que a versão digital do real deverá “ir além do Pix”. A fala foi feita por ele no 2º Fórum Ativos Digitais.
De acordo com Fabio Arauj, o Drex (real digital) servirá, na prática, como uma infraestrutura pública digital que vai oferecer novas funcionalidades e possibilidades para o mercado, na prática impulsionando a “democratização do mercado financeiro”.
Segundo Araujo, o foco do projeto é em “reduzir custos e aumentar a concorrência” para facilitar a entrada de novos agentes no mercado.
Com isso, haverá a criação de uma “plataforma com interoperabilidade, componibilidade de forma conjunta”.
“O objetivo de longo prazo do Drex é ser o sistema financeiro brasileiro, onde todas as negociações vão acontecer. É algo que leva tempo, que não vai acontecer da noite para o dia, e que depende do avanço da tecnologia”, afirmou o coordenador do Drex.
Em sua fala, Araujo destacou que será preciso “alinhar os interesses econômicos” para garantir a interoperabilidade do Drex.
Além disso, ele afirmou que “a privacidade é um desafio sem solução fácil”, com o BC percebendo que “era preciso cutucar as empresas do mercado”, com uma discussão que “avançou bastante, mas a gente ainda não chegou a uma solução adequada para as exigências brasileiras”.
“Os riscos técnicos certamente podem barrar o projeto, é algo natural. Diferente de outros projetos que a gente fez, não tem respostas prontas”, afirmou o coordenador do Drex.
Segundo ele, isso é resultado do Brasil “estar na ponta” da inovação e incorporação de tecnologias no setor financeiro.
Sem compartilhar um prazo específico para a chegada do projeto à população, Fabio Araujo disse que “ir para produção ainda vai demorar bastante tempo. O que a gente tem tentado fazer é levar para testes com a população para ver como ela reage, até para determinar a escalabilidade do projeto”, mas isso não ocorrerá enquanto o Drex não tiver uma solução de privacidade.