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De acordo com o ministro de Lula, para melhorar as contas públicas do Brasil, é preciso persuadir todos de que a tarefa é essencial e, embora também pareça difícil, “a caixa de ferramentas do Poder Executivo é infinita”.
“Temos que fazer um esforço dentro de casa, convencer os ministros da necessidade de contenção da dinâmica da evolução do gasto público, convencer o Congresso Nacional”, disse o petista durante o Almoço Anual de Dirigentes de Bancos, evento que reúne os CEOS e os principais líderes do setor bancário do país.
Haddad afirmou contar com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para alcançar esse objetivo. O pacote de corte de gastos obrigatórios, no valor de R$ 70 bilhões, deverá ser votado por ambas as Casas do Congresso até o final do ano, antes do recesso parlamentar.
“Eu presenciei a reunião dos dois com o presidente Lula, e o alinhamento não poderia ser melhor”, ressaltou Haddad.
“As graves distorções do nosso sistema tributário estão sendo corrigidas”, lembrou o ministro, adiantando que, se houver isenções, “alguém vai ter que pagar por elas”, completou.
“O Congresso fez um belo trabalho no ano passado para controlar o gasto primário do país”, acrescentou o petista.
Os gastos primários envolvem as despesas do governo com a oferta de bens e serviços públicos à população, como os recursos destinados às áreas de educação e ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O ministro da Fazenda também comentou sobre a pauta de 2025, destacando a possibilidade de alterações no pacote por parte do Congresso Nacional, o que considera natural em um sistema democrático, onde “as pessoas pensam de forma diferente”.
Haddad também reconheceu o clima de incerteza, especialmente devido à possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.