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O Banco Central (BC) informou que realizará, nesta sexta-feira (20), três operações de venda de dólares no mercado, totalizando até US$ 7 bilhões. Serão dois leilões de linha com compromisso de recompra, no valor de até US$ 2 bilhões cada, e um leilão à vista, sem recompra.
O leilão à vista terá início às 9h15, logo após a abertura do mercado. Somadas às intervenções realizadas desde a semana passada, as vendas do BC totalizarão cerca de US$ 27,75 bilhões em um esforço para conter a volatilidade cambial e a escalada do dólar.
Nesta quinta-feira (19), o dólar registrou queda de 2,29%, encerrando o dia cotado a R$ 6,12. Apesar do recuo, o valor ainda é o segundo maior fechamento histórico da moeda norte-americana. A baixa foi impulsionada pelos leilões realizados pelo BC, que ofertaram US$ 8 bilhões, e por declarações do futuro presidente da instituição, Gabriel Galípolo, sobre medidas econômicas e o controle da inflação.
A cotação do dólar atingiu a máxima nominal de R$ 6,30 pela manhã, mas recuou após as ações do Banco Central e a percepção do mercado de uma postura mais clara sobre o cenário econômico.
Mudanças no Banco Central e pacote fiscal
O presidente atual do BC, Roberto Campos Neto, mencionou a necessidade de intervenção devido ao fluxo atípico de saída de dólares do Brasil, principalmente para pagamento de dividendos. Campos Neto também destacou que as últimas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) foram influenciadas pelas novas indicações do governo, incluindo Gabriel Galípolo.
Por sua vez, Galípolo afirmou que não há sinais de ataque especulativo ao real, uma posição que diverge de aliados do governo. Ele também defendeu que o ajuste fiscal proposto pelo Executivo não deve ser visto como uma solução única, mas como parte de um processo contínuo.
O mercado acompanhou com atenção os desdobramentos das medidas do pacote fiscal enviado pelo governo ao Congresso. Apesar dos avanços no Legislativo, analistas apontam que as propostas ainda não são suficientes para garantir um equilíbrio sustentável nas contas públicas, o que contribuiu para a alta recente do dólar.
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