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O maior leilão da história do setor portuário, realizado na tarde desta quarta-feira (18) na B3, em São Paulo, confirma a retomada dos investimentos nos modais de transporte impulsionada pelo atual governo. O conjunto de empreendimentos do último bloco de arrendamento portuário do ano, conduzido pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), vai proporcionar investimentos superiores a R$ 3,6 bilhões, com impacto positivo na economia, na geração de empregos e no aumento da renda dos brasileiros.
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, afirmou que os próximos anos serão marcados por um aumento significativo dos investimentos no setor de infraestrutura, com destaque para a participação do setor privado. Ele destacou a meta do governo de realizar cerca de 55 leilões em todo o país, o que representará o maior volume de concessões portuárias da história, com perspectivas de investimentos superiores a R$ 30 bilhões. O ministro acrescentou que o objetivo é alcançar uma carteira de quase R$ 60 bilhões em investimentos privados, enfatizando a busca por competitividade e descentralização da agenda portuária brasileira.
As áreas leiloadas abrirão novas frentes de oportunidades para o Brasil, promovendo a modernização da infraestrutura do setor portuário e impulsionando o desenvolvimento econômico, geração de empregos, aumento da renda e fomento ao comércio local. As áreas concedidas neste leilão fazem parte do último bloco de ativos leiloados em 2024. Os terminais arrendados estão localizados nos portos de Itaguaí (RJ), Maceió (AL) e Santana (AP). Ao longo deste ano, o MPor, em parceria com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Infra S.A. e demais parceiros do setor, realizou oito leilões de sucesso, garantindo mais de R$ 3,74 bilhões em investimentos.
Alex Sandro Ávila, secretário Nacional de Portos, ressaltou a importância do modal portuário para o crescimento econômico do país. Ele também destacou que a carteira de investimentos para o próximo ano inclui ativos relevantes, com a modelagem do Tecon Santos 10 já concluída e os estudos finalizados para o modelo de concessão do canal do Porto de Santos, o que fortalecerá a logística nacional, beneficiando especialmente a região Centro-Sudeste, mas com impacto em todo o Brasil.
O leilão teve início com o arrendamento do terminal MAC16, no Porto de Maceió, que contou com a participação de três empresas. Após a proposta inicial, o certame avançou para a fase de viva-voz, com o Consórcio Britto-Macelog vencendo a disputa com uma oferta de R$ 1,451 milhão. A administradora será responsável por três silos com capacidade para 54.000 toneladas de granel sólido vegetal, além da construção de dois novos silos com capacidade para 22.400 toneladas cada.
No terminal MCP03, no Porto de Santana, houve uma intensa disputa em viva-voz, com quase 70 lances. O consórcio Rocha Granéis Sólidos de Exportação venceu a concorrência com uma proposta de outorga de R$ 58,060 milhões. A nova gestora será responsável pela operação do terminal pelos próximos 25 anos.
O terminal ITG02, do Porto de Itaguaí, arrematado pela Cedro Participações S.A. com uma oferta de R$ 1 milhão, recebeu o maior volume de investimentos do leilão, totalizando R$ 3,58 bilhões. A empresa administrará uma área de aproximadamente 250 mil metros quadrados pelos próximos 35 anos, com possibilidade de prorrogação. O terminal, que movimenta granel sólido, deverá expandir sua produção em um terço, com a meta de movimentar cerca de 20 milhões de toneladas por ano.
O terminal MCP03, dedicado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, como milho e soja, receberá um aporte de R$ 89 milhões ao longo de 25 anos de contrato, com melhorias como ampliação do Píer 1 e dragagem de aprofundamento. O terminal MAC16, em Maceió, voltado para o transporte e armazenagem de granéis sólidos, terá um investimento de R$ 6,1 milhões ao longo de cinco anos de contrato, impulsionando a logística do Nordeste, especialmente no estado de Alagoas.
Em 2024, o Brasil obteve um crescimento expressivo nas exportações, com um aumento de 5,9% em dezembro, o que representa a terceira variação positiva consecutiva do indicador. O total exportado foi o segundo maior da série histórica, e vale lembrar que 95% do comércio internacional brasileiro passa pelos portos do país.
Para sustentar o crescimento da indústria e do agronegócio, o Governo Federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos, realizará o maior volume de concessões de áreas portuárias da história do Brasil nos próximos dois anos. A previsão é que 42 empreendimentos sejam leiloados até 2026, com mais de R$ 14 bilhões em investimentos. Entre os ativos que farão parte da carteira de arrendamentos estão áreas estratégicas nos portos de Paranaguá (PR), Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ).