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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 3,4% em 2024, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento foi impulsionado principalmente pelos investimentos e pelo aumento do consumo das famílias.
O resultado representa a maior alta desde 2021, quando o PIB subiu 4,8% após a forte retração causada pela pandemia de Covid-19. No entanto, apesar do desempenho positivo ao longo do ano, o crescimento da economia no quarto trimestre foi de apenas 0,2%, indicando sinais de desaceleração.
A expectativa do mercado financeiro era de um crescimento de 3,5% no ano. Entre os setores que mais contribuíram para o avanço do PIB, destacam-se as Outras atividades de serviços (5,3%), a Indústria de transformação (3,8%) e o Comércio (3,8%), que juntos responderam por cerca de metade da expansão econômica de 2024, segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Na Indústria, o setor da Construção teve um crescimento de 4,3%, impulsionado pelo aumento da ocupação, maior produção de insumos e expansão do crédito. Outros segmentos que também tiveram desempenho positivo foram a Indústria de Transformação e o setor de Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, que cresceram 3,6%.
Por outro lado, a Agropecuária registrou queda de 3,2%, refletindo o impacto de condições climáticas adversas sobre a produção agrícola. As lavouras de soja (-4,6%) e milho (-12,5%) foram as mais afetadas, com perdas significativas de produtividade.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 4,8% em relação a 2023. O aumento foi impulsionado por programas de transferência de renda do governo, melhora no mercado de trabalho e redução das taxas de juros em comparação ao ano anterior. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF) cresceram 7,3%, embora tenham um peso menor no PIB do que o consumo das famílias.
A despesa do consumo do governo teve alta de 1,9% no ano. Já as importações de bens e serviços cresceram 14,7%, enquanto as exportações avançaram 2,9%. A taxa de investimento em 2024 ficou em 17,0% do PIB, acima dos 16,4% registrados em 2023. A taxa de poupança, por sua vez, caiu de 15,0% para 14,5%.
O PIB brasileiro atingiu um valor corrente de R$ 11,7 trilhões em 2024, sendo R$ 10,1 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 1,6 trilhão a Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Os dados regionais do crescimento econômico serão divulgados apenas em 2026, mas um estudo da Tendências Consultoria aponta que a região Norte liderou a expansão em 2024, com um crescimento estimado de 4,5%. Entre os estados, os destaques foram Amazonas (6,1%), Amapá (5,3%) e Santa Catarina (4,9%).
O PIB mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país em determinado período, sendo um dos principais indicadores da atividade econômica. Seu crescimento indica um ambiente econômico aquecido, enquanto sua queda sugere desaceleração.
