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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que o Brasil não planeja adotar medidas de retaliação contra os Estados Unidos após a aplicação de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelo governo norte-americano. A declaração foi dada após reunião com representantes da indústria do aço nacional.
“Nós estamos já começando a estudar propostas do setor, que tem toda legitimidade de trazer propostas pra nós. Eles estão imaginando formas de negociar com argumentos muito consistentes. Porque os Estados Unidos só têm a perder. Porque nosso comércio é muito equilibrado”, afirmou Haddad.
O setor do aço brasileiro solicitou “providências” do governo, tanto no que diz respeito a importações, como no caso das sobretaxas impostas a compras feitas de outros países, como a China, quanto às exportações brasileiras. “No caso das importações, envolve uma defesa mais unilateral. Isso, a proposta que eles [representantes do aço] fizeram. Nós vamos analisar”, destacou o ministro.
A medida anunciada pelo governo de Donald Trump, que entrou em vigor nesta quarta-feira, tem como objetivo taxar produtos estrangeiros e priorizar a indústria americana, afetando diretamente o setor siderúrgico de países como Canadá, Brasil e México. A imposição das tarifas é uma das promessas de campanha de Trump.
Em resposta, Haddad reiterou que o Brasil não pretende tomar uma postura agressiva. “Vamos tratar, na base da reciprocidade, os entendimentos, mas colocando em primeiro lugar a mesa de negociação está aberta já com o governo americano, e que foi bem sucedido em outros momentos do passado recente quando atitudes semelhantes foram tomadas e revertidas em benefício do comércio bilateral”, disse o ministro.
Ele também fez referência a negociações passadas, em que o Brasil conseguiu reverter medidas desfavoráveis. “Nós já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa. Nós vamos levar a consideração do governo americano que é um equívoco de diagnóstico”, concluiu.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se pronunciou sobre a situação, afirmando que “não adianta” o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ficar “gritando” porque ele “não tem medo de cara feia”.
