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O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, realizou neste domingo (4) sua primeira reunião oficial com o presidente recém-nomeado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior. O encontro teve como objetivo o alinhamento de condutas e o acompanhamento das investigações sobre fraudes nos benefícios pagos pelo órgão.
A nomeação de Queiroz ocorreu após a saída de Carlos Lupi, que pediu demissão na última sexta-feira (2). Na mesma data, Wolney, que era secretário-executivo da pasta, assumiu o comando do ministério. Ele afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais, que está comprometido com a tarefa de reconstruir a confiança no sistema previdenciário. “É para os aposentados e para quem trabalhou a vida toda que estou aqui. Vou dar o melhor de mim”, declarou o ministro.
Gilberto Waller Júnior assumiu a presidência do INSS na semana passada, após a exoneração de Alessandro Stefanutto. A troca de comando se deu em meio a investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que apuram um esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.
A operação, deflagrada em 23 de abril, cumpriu 211 mandados judiciais e resultou em sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão, além de seis prisões temporárias. O prejuízo estimado com as cobranças indevidas chega a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Os investigados podem responder por crimes como corrupção, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo o governo, pelo menos 11 entidades estão sob suspeita. Parte das cobranças foi realizada por meio de convênios entre o INSS e associações ou sindicatos, cujos valores eram descontados diretamente da folha de pagamento dos beneficiários, sem autorização formal.
Como resposta imediata, os descontos por meio desses convênios foram suspensos por tempo indeterminado. O governo informou que elabora um plano para identificar os valores cobrados indevidamente e garantir o ressarcimento aos aposentados e pensionistas afetados.
O ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, afirmou que todos os convênios serão revisados e que as entidades envolvidas poderão ser responsabilizadas. O novo presidente do INSS também anunciou a abertura de processos administrativos para apuração de responsabilidades.
Na última sexta-feira (2), a Advocacia-Geral da União (AGU) realizou uma reunião com o INSS para discutir como será feita a devolução dos valores. De acordo com a AGU, uma proposta foi formulada e será submetida à Casa Civil, ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública da União ainda nesta semana.
