O presidente Jair Bolsonaro deve visitar amanhã (29) a aldeia da etnia waiãpi, onde uma demarcação foi invadida por garimpeiros e um cacique foi morto. Informa a prefeita da cidade de Pedra Branca do Amapari (AP), Beth Pelaes.
Por meio de nota, a Funai confirmou a presença de invasores e o alto clima de tensão na região Waiãpi. A entidade estima, com base em relatos de indígenas, que entre 10 a 15 “não-índios”, portando armas de fogo de grosso calibre, estão nas imediações da aldeia Yvytotõ.
“Com base nas informações coletadas pela equipe em campo, podemos concluir que a presença de invasores é real e que o clima de tensão e exaltação na região é alto”, relatou a Funai.
Os índios, ainda de acordo com a Funai, se concentram na aldeia Mariry, distante cerca de 40 minutos de caminhada da Yvytotõ. O órgão orientou que os indígenas evitem qualquer tipo de contato com os invasores, com objetivo de evitar acirramento dos ânimos.
A Funai também falou sobre a denúncia de morte do indígena Emyra Waiãpi, no dia 23 na Aldeia Mariry, e disse que precisa de mais informações sobre o caso. Segundo relato do vereador Jawaruwa Waiãpi (Rede), indígena da região, a vítima era uma liderança do povo.
G1 com Gazeta Brasil