O presidente Jair Bolsonaro rebateu indiretamente nesta terça-feira (10) a ameaça do candidato democrata dos EUA Joe Biden de aplicar sanções contra o Brasil por conta da Amazônia.
“Assistimos há pouco aí um grande candidato à chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil”, afirmou Bolsonaro durante evento sobre a retomada do turismo.
“E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, não é, Ernesto? (citando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo). Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona. Não precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo. Ninguém tem o que nós temos”, continuou.
No discurso, Bolsonaro destacou ainda que Brasil tem que se fortalecer. “E como nos fortalecer? Liberando a economia, livre mercado. Dando liberdade para quem quer trabalhar, não enchendo o saco de quem quer produzir”, afirmou.
Bolsonaro criticou ainda o que chamou de “turma xiita ambiental”, que seriam os “baluartes do atraso do Brasil” e que a imprensa adora ao comentar sobre a possibilidade de enviar um projeto ao Congresso autorizando a exploração comercial da Baía de Angra dos Reis.
O presidente disse que a chance de mudar o país é agora e sugeriu não ser possível aparecer um líder até as eleições de 2022, a não ser que seja na base de muito dinheiro e “comprando um montão de coisa por aí”.
“Não teremos outra oportunidade. Não teremos um líder feito no prazo de dois anos, não vai aparecer, a não ser em cima de grana, aí aparece, comprando um montão de coisa por aí, em especial os marqueteiros. Fora isso, não terão outro líder em tão curto espaço de tempo e a chance de mudar é essa”, afirmou.
“Não estou preocupado com minha biografia, se é que tenho biografia.”