O MPF (Ministério Público Federal) apresentou uma denúncia à Justiça contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o doleiro Dario Messer e o ex-presidente do Banco Prosper Edson Figueiredo Menezes por um esquema de evasão de divisas e lavagem de cerca de US$ 303 mil em 2011.
Segundo o MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro), os recursos que foram obtidos via corrupção e fraudes em licitações estavam sendo movimentados por Messer e Menezes a serviço do então governador do RJ.
Para lavar o dinheiro para Cabral, Menezes adquiriu cerca de US$ 303 mil em vinhos em um único leilão internacional para o ex-governador, tendo sido posteriormente ressarcido por meio da rede de doleiros de Messer.
A denúncia foi protocolada na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que irá julgar se acata a ação penal, o que dará início ao processo. Uma vez recebida a denúncia, Cabral, Messer e Menezes terão que responder pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a mais de 20 anos de prisão, além da reparação aos cofres públicos de quase R$ 1,7 milhão a título de danos materiais e igual valor por danos morais.
As sentenças de condenação do ex-governador Sérgio Cabral em processos da Lava Jato no Rio somam mais de 250 anos de prisão.
Nas transações que foram identificadas na nova denúncia, Cabral enviou para o exterior, valores em reais equivalentes a US$ 303 mil por intermédio da rede de doleiros de Dario Messer, que foram creditados em conta nas Ilhas Cayman, da offshore Remo Investments, empresa que tinha Edson Menezes como titular.