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Desde 2012 até hoje, o Paris Saint-Germain (PSG) se tornou o rival a ser batido no cenário local, mais precisamente na Ligue 1. Os recém-coroados campeões da liga conquistaram 11 dos últimos 13 títulos, com Monaco e Lille sendo os únicos que ousaram quebrar seu domínio. Nesse cenário, cogita-se uma “revolução” no futebol francês, como noticia o jornal L’Équipe, que teria como objetivo desafiar o “domínio esmagador” dos principais campeões do país na Primeira Divisão.
O atual formato de disputa consiste em dois turnos de todos contra todos entre os 18 clubes da Ligue 1, totalizando 34 rodadas. A principal mudança seria a introdução de confrontos mata-mata ao final do que passaria a ser a fase regular do campeonato.
“O futuro campeão será escolhido após um minitorneio com partidas eliminatórias onde os quatro primeiros poderiam se enfrentar, com semifinais e uma final”, escreveu o jornal sobre a ideia que está sendo considerada na principal categoria, e que teria como foco dar “mais emoção” à decisão. Uma modalidade parecida com a que é utilizada no futebol feminino da França ou no Top 14 de rugby; neste último, os seis primeiros se classificam para a fase seguinte.
Na publicação, manifestaram que o produto ficou “muito desvalorizado” nos últimos quatro anos por diversas razões e essa estratégia foi pensada, sendo bem recebida, mas há um ator que poderia se opor: “Não é certo que isso seja visto com bons olhos pelo PSG”. Seria adicionada uma série de partidas a mais sob um esquema de eliminação direta em uma agenda já apertada, e na qual geralmente protagoniza os campeonatos internacionais, como nesta oportunidade, em que jogará contra a Inter pela final da Champions League.
Outra das variáveis analisadas é a reincorporação da Copa da Liga, que havia sido extinta há alguns anos para aliviar o calendário, mas agora teria maior eco nos clubes que não disputam torneios continentais, tanto da Primeira quanto da Segunda Divisão. “Preencheu algumas semanas e gerou receita”, confidenciou um técnico da Ligue 1 ao portal local.
Isso se enquadra em uma profunda reestruturação do futebol francês, que incluiria o desaparecimento da Liga de Futebol Profissional (LFP) em sua atual conformação e a absorção de algumas funções pela Federação Francesa de Futebol (FFF). “Observei que a crise atual é importante e estrutural. E como não era fácil conseguir um diálogo dentro da Liga, tomei a iniciativa”, declarou Philippe Diallo, presidente da FFF.
Nesse sentido, acrescentou: “A Federação terá uma participação preferencial que lhe permitirá ser garante do interesse geral, com direito a veto, por exemplo, sobre o formato da competição, o número de acessos e descensos. A FFF também exercerá ações regulatórias. Desse modo, um certo número de competências que são responsabilidade da LFP passarão a ser transferidas para a Federação. Penso em particular no DNCG (Departamento Nacional de Controle de Gestão)”.
Seu plano inclui a iniciativa de criar uma empresa comercial que será administrada por um CEO “recrutado pelos clubes, empregado e revogável ad nutum (imediatamente)”, segundo menciona Diallo. Uma proposta com aroma inglês: “É uma espécie de Premier League francesa. É Premier League porque é uma sociedade de clubes que organiza um campeonato. Mas é à francesa, porque quero que se preservem as particularidades esportivas e culturais da França. Não é apenas uma cópia da Premier League inglesa”.
O PSG se consagrou campeão da presente Ligue 1 com seis rodadas de antecedência, conquistou 81 de 99 pontos possíveis, é o time mais goleador (89) com ampla diferença sobre o vice-líder Olympique de Marselha (70), venceu 25 partidas, empatou 6 e perdeu 2, embora essas derrotas tenham ocorrido após a coroação. Neste sábado, encerrará a tabela contra o Auxerre no Parque dos Príncipes e se preparará para a final do dia 31 de maio na Allianz Arena, na Alemanha, contra a Inter de Milão.
