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O brasileiro Hugo Calderano escreveu mais um capítulo histórico no tênis de mesa ao se tornar, neste domingo (25), o primeiro atleta das Américas a disputar uma final de Campeonato Mundial na modalidade. Apesar da derrota para o chinês Wang Chuqin por 4 sets a 1, em Doha, no Catar, Calderano encerra sua participação com a medalha de prata e consolida seu nome entre os maiores do esporte.
Atual número 3 do ranking mundial, Calderano chegou à decisão após uma campanha brilhante. Nas semifinais, superou o chinês Liang Jingkun, quinto colocado do ranking, por 4 sets a 3. Do outro lado da chave, Wang Chuqin, número 2 do mundo e ex-líder do ranking, venceu o sueco Truls Moregard e garantiu o duelo decisivo contra o brasileiro.
Na grande final, Calderano começou bem e teve três set points no primeiro set, mas permitiu a virada do chinês, que fechou em 12 a 10. Chuqin dominou o segundo set com facilidade, vencendo por 11 a 3. Hugo reagiu com precisão no terceiro set, vencendo por 11 a 4 e diminuindo a vantagem. No entanto, o chinês retomou o controle e levou os dois últimos sets por 11 a 2 e 11 a 7, garantindo o título para a China, país que historicamente domina a modalidade.
Apesar do vice-campeonato, a campanha de Calderano foi memorável. Ele venceu todos os seus adversários até a final, incluindo nomes expressivos do cenário internacional, como o nigeriano Quadri Aruna e o sul-coreano An Jae-Hyun. Em abril, Hugo já havia conquistado um feito inédito ao vencer a Copa do Mundo em Macau, também superando Wang Chuqin na semifinal daquela competição.
O retrospecto entre Calderano e Chuqin agora é de cinco vitórias para o chinês e duas para o brasileiro, que segue evoluindo e quebrando barreiras em um esporte historicamente dominado pelos asiáticos. Enquanto a China soma 66 medalhas olímpicas, sendo 37 de ouro, o Brasil ainda busca seu primeiro pódio nos Jogos. Hugo chegou perto em Paris 2024, mas ficou na quarta colocação.
A prata no Mundial reforça a posição de Calderano como o maior nome da história do tênis de mesa brasileiro e inspira uma nova geração de atletas no país. Em Doha, ele não apenas brilhou pelas vitórias, mas também pelo feito simbólico de colocar as Américas na elite de um esporte amplamente dominado pela China.
