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O volante Damián Bobadilla, do São Paulo, foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por injúria racial com motivação xenofóbica, após denúncia feita pelo jogador Miguel Navarro, do Talleres, durante partida válida pela Copa Libertadores da América no último dia 27 de maio.
Bobadilla prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (7). Previsto para às 15h, o atleta antecipou sua chegada e se apresentou às autoridades às 14h20. O depoimento durou cerca de uma hora e meia. Por volta das 16h, Bobadilla deixou a delegacia acompanhado do advogado Pedro Iokoi, sem falar com jornalistas.
O caso ganhou repercussão após Navarro ser visto chorando e discutindo durante o jogo, especialmente depois do segundo gol do São Paulo. O jogador argentino, de 26 anos, afirmou que Bobadilla o teria chamado de “venezuelano morto de fome” durante a partida.
“Eu estava dizendo ao árbitro para se apressar, porque precisávamos jogar. Aí, do nada, Bobadilla veio e me disse ‘venezuelano morto de fome’. Eu quis sair do jogo, mas, infelizmente, não tínhamos mais substituições. Não quis deixar meu time com um jogador a menos. Minha cabeça não estava mais lá naquele momento. A justiça deve ser feita, isso não pode continuar acontecendo”, relatou Navarro.
Após o ocorrido, a Conmebol abriu uma investigação para apurar o caso. Conforme o Código Disciplinar da entidade, qualquer jogador ou oficial que insulte ou atente contra a dignidade humana por motivos de cor, raça, sexo, orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem pode ser suspenso por pelo menos dez partidas ou por um período mínimo de quatro meses. Em casos de reincidência, a pena pode chegar à proibição de atividades relacionadas ao futebol por até cinco anos.
No dia do jogo, Navarro registrou boletim de ocorrência no Morumbi e prestou depoimento à polícia. Bobadilla deixou o estádio sem falar com as autoridades.
