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O governo brasileiro reagiu à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o Brasil não pretende entrar em um conflito comercial e defendeu o livre comércio.
“O governo não fez nenhuma discussão em relação a isso. O presidente Lula tem dito sempre, com muita clareza, que guerra comercial não faz bem para ninguém. Um dos avanços importantes que tivemos é exatamente o diálogo com os países”, declarou Padilha em conversa com jornalistas. Ele reforçou que o Brasil “não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial”, destacando que o governo brasileiro busca fortalecer o livre comércio.
A decisão de Trump, oficializada na segunda-feira (10), deve impactar diretamente o Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço e ferro para os Estados Unidos. Em 2024, as exportações brasileiras desse setor para o mercado americano somaram US$ 4,677 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se manifestou sobre a medida, afirmando que o governo federal só tomará posição após a efetivação da taxacão. “O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos. O governo vai aguardar a decisão oficial antes de qualquer manifestação”, disse Haddad.
Quando questionado sobre a possibilidade de taxar as big techs em resposta aos Estados Unidos, o ministro reiterou que aguardará a orientação do presidente Lula “após as medidas efetivamente implementadas”.
No domingo (9), Trump indicou que detalharia no dia seguinte a tarifa de 25% aplicada a todas as importações. Em conversa com jornalistas, ele afirmou que os EUA estão adotando um modelo de reciprocidade em relação a tarifas. “Não vai afetar todos os países, porque há alguns com os quais temos tarifas similares, mas aqueles que estão tirando vantagem dos EUA, teremos reciprocidade”, declarou.
O presidente americano também fez declarações polêmicas sobre o Canadá, alegando que o país vizinho “não existiria sem o comércio com os Estados Unidos”. Segundo ele, os canadenses poderiam pagar menos impostos caso aceitassem se tornar o 51º estado americano.
