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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou uma auditoria interna para investigar possíveis irregularidades em contratos firmados com 41 entidades associativas que realizavam descontos nos benefícios de aposentados e pensionistas. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (26) pelo presidente do órgão, Gilberto Waller.
“A gente entendeu, por bem, abrir um pente-fino de toda e qualquer relação de entidade associativa. A gente abriu a consulta de vínculos e de descontos para 9 milhões de aposentados e pensionistas”, afirmou Waller em entrevista à CNN.
No fim de abril, o governo federal determinou a suspensão dos descontos associativos, após denúncias de fraudes envolvendo cobranças indevidas nos contracheques de beneficiários. Segundo o INSS, cerca de 4,1 milhões de aposentados podem ter sido vítimas desse esquema, e mais de 2 milhões já solicitaram reembolso.
Waller afirmou ainda que a investigação interna do INSS vai além da apuração já em curso pela Polícia Federal, que identificou inicialmente 16 entidades suspeitas de participação em fraudes que podem somar até R$ 6,5 bilhões. “Essas instituições estão sendo passadas a limpo”, reforçou o presidente.
O INSS também informou que, desde que o aplicativo Meu INSS passou a disponibilizar a consulta sobre débitos, cerca de 6 milhões de beneficiários acessaram a plataforma. Desses, 2 milhões afirmaram não terem sofrido qualquer desconto irregular, enquanto outros 2 milhões não se manifestaram sobre a validade dos débitos.
Nesta segunda-feira, o instituto começou a devolver os valores descontados indevidamente em abril. A restituição será feita junto com o pagamento regular dos benefícios, conforme o calendário que leva em conta o valor da aposentadoria e o final do número do cartão do segurado. Até o dia 6 de junho, serão devolvidos R$ 292 milhões.
