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A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quarta-feira (30) que o governo federal realizará uma nova autópsia no corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O exame foi solicitado pela família da jovem e será feito assim que o corpo chegar ao Brasil, previsto para terça-feira (1º).
O laudo preliminar, realizado por legistas em Bali no dia 26 de junho, concluiu que Juliana morreu cerca de 20 minutos após a queda, em 21 de junho, devido a ferimentos no tórax e hemorragia interna. No entanto, imagens feitas por drones e divulgadas por turistas levantaram dúvidas sobre o tempo de sobrevivência da vítima. Os registros indicariam que Juliana poderia ter resistido por mais tempo no local, sem receber atendimento adequado.
A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta não esclareceu o horário exato da morte, o que motivou a Defensoria Pública da União (DPU) a pedir uma nova perícia em solo brasileiro.
Juliana, natural de Niterói (RJ), estava na Indonésia como parte de uma viagem pela Ásia iniciada em fevereiro. A trilha, organizada por uma agência local, estava programada para durar três dias. Ela caiu em uma área de difícil acesso no Monte Rinjani e só foi encontrada morta quatro dias depois, em 24 de junho.
O procurador-regional da União da 2ª Região, Glaucio de Lima e Castro, afirmou que o governo acompanha o caso com atenção e solidariedade. “Devido à natureza da demanda, compreendeu-se que a postura mais adequada seria a de colaborar para que as providências solicitadas pudessem ser operacionalizadas com celeridade e efetividade”, disse.
A AGU também solicitou uma audiência de urgência com a DPU e o governo do Rio de Janeiro para definir responsabilidades na realização do novo exame. A Polícia Federal se colocou à disposição para ajudar no transporte do corpo até o Instituto Médico Legal (IML) designado.
A principal dúvida da família é se houve omissão de socorro por parte das autoridades locais, o que pode gerar desdobramentos civis e criminais. A nova autópsia no Brasil deve ajudar a esclarecer se Juliana morreu imediatamente após a queda ou se permaneceu com vida por algum tempo, sem ser socorrida.
