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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (5) que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, aprovado em dezembro de 2024, deverá ser assinado no dia 20 de dezembro, durante a Cúpula do Mercosul, que ocorrerá no Rio de Janeiro.
Segundo o chanceler, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reafirmou sua confiança na concretização do acordo ainda neste ano. “A presidente reafirmou sua firme esperança de que o acordo seja assinado no final do ano, em 20 de dezembro, no Rio de Janeiro, quando será realizada a cúpula do Mercosul”, declarou Vieira a jornalistas.
O acordo, que criará uma zona de livre comércio entre o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia) e os 27 países da União Europeia, é considerado o maior tratado comercial da história do bloco europeu e foi resultado de 25 anos de negociações.
No início de setembro, após uma conversa com Ursula von der Leyen, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia demonstrado otimismo com a assinatura do tratado ainda em 2024. Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto na ocasião, Lula manifestou a expectativa de que o acordo “fosse assinado no final deste ano”.
Apesar do avanço diplomático, o tratado enfrenta resistências em setores agrícolas europeus, principalmente na França, que teme impactos sobre a competitividade de seus produtores.
Além do acordo comercial, Lula e Ursula também discutiram temas relacionados às mudanças climáticas e à COP30, que será sediada em Belém, em 2025.
Vieira informou ainda que Ursula von der Leyen não participará da 4ª Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia, marcada para 9 de novembro, em Santa Marta, na Colômbia.
O presidente Lula, no entanto, deve comparecer ao encontro para demonstrar “solidariedade regional” ao país. Questionado sobre a ausência de alguns chefes de Estado na cúpula, Mauro Vieira ponderou que “nem sempre todos participam”, mas destacou que a presença de países relevantes “garante a importância política do evento”.
O ministro também comentou sobre o financiamento climático internacional, ressaltando que, embora o Reino Unido ainda não tenha confirmado um aporte inicial ao TFFF (Fundo de Transição Climática e Florestal), o mecanismo “segue aberto para participação de outros países” e há “grande expectativa de sucesso” nas futuras contribuições.