Um relatório divulgado nesta quinta-feira (4) pela ONG Campanha Emblema de Imprensa mostrou que México e Afeganistão são os países que mais tiveram jornalistas assassinados em 2018. Entre os países mais perigosos para os profissionais, o relatório da ONG diz que o Brasil é o 4º no ranking.
O documento mostra que nove jornalistas foram assassinados neste ano no México e outros seis foram vítimas de homicídio no Afeganistão.
Esses dois países concentram quase um terço dos 38 jornalistas assassinados no mundo na primeira metade deste ano, número que, no entanto, representa uma queda de 42% com relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a PEC.
Segundo a organização, as principais razões que fazem com que estes dois países seguem sendo os mais perigosos para o exercício da função são devidos “com os grupos terroristas no Afeganistão e os grupos criminosos no México”, segundo a organização.
A América Latina foi a região com mais assassinatos de repórteres, com 15 no total (os mencionados no México, Colômbia e Brasil, além de um em Honduras e outro no Haiti).
Com relação ao Oriente Médio, a PEC comentou que esta região registrou uma certa melhora na segurança dos trabalhadores de imprensa devido, “entre outras razões, à diminuição do conflito na Síria e no Iraque”.
“A comunidade internacional deve estabelecer um mecanismo independente que possa combater a impunidade quando as instituições nacionais não forem eficientes e nem suficientes para preencher os vazios na prevenção, proteção e processo”, afirmou o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen.