O número de famintos no mundo, praticamente, dobrou por causa da pandemia do novo coronavírus. Se nada for feito, 265 milhões de pessoas não terão o que comer até o final do ano, aponta relatório divulgado pelo programa mundial de alimentos da ONU.
Milhões de pessoas na República Democrática do Congo, na região nordeste da Nigéria, no Sudão do Sul, assim como no Iêmen, enfrentam o risco de desnutrição. Agora é hora de um esforço coletivo pela paz e pela reconciliação.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, usou o discurso de abertura da Assembleia-Geral da organização para listar o que agrava a situação da fome.
66% da população que está em crise alimentar, em todo o mundo, vive em Iêmen, República Democrática do Congo, Afeganistão, Venezuela, Etiópia, Sudão do Sul, Síria, Sudão, Nigéria ou Haiti. Estamos falando de 88 milhões de pessoas que, além da miséria, vivem em meio a conflitos armados ou instabilidade política.
O cálculo feito pelas ONU prevê 100 milhões de toneladas de alimentos para os mais pobres, em 2020, por meio de programas internacionais de assistência. Só que 30 milhões de novos miseráveis continuarão sem ajuda.