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A inflação anual da Argentina bateu um novo recorde e chegou a 108,8% em abril, informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), nesta sexta-feira (12). Este é o maior nível em 31 anos no país.
O resultado foi de 8,4% no mês passado (o maior desde abril de 2002) e de 108,8% no ano passado. No primeiro trimestre, acumulou alta de 32%.
Uma série de itens superou a média do mês passado: vestuário 10,8%, alimentação 10,1%, restaurantes 9,9% e utensílios domésticos e manutenção 8,6%.
No último ano, a média de 108,8% foi superada por restaurantes com 126%, vestuário com 120%, alimentação e bebidas não alcoólicas 115%, bebidas alcoólicas 114% e utensílios domésticos 111%.
O Indec indicou que “a divisão com maior alta no mês foi Vestuário e Calçados (10,8%) devido às variações sazonais. Segue-se a Alimentação e bebidas não alcoólicas (10,1%), com os maiores aumentos nos Hortícolas, tubérculos e leguminosas; Leite, laticínios e ovos; Açúcar, doces, chocolates, balas, etc. e Carnes e derivados”.
“Destacam-se também os aumentos nas divisões de Restaurantes e Hotéis (9,9%); e Equipamentos e manutenção do lar (8,6%). O aumento em Alimentos e bebidas não alcoólicas (10,1%) foi o de maior impacto em todas as regiões. Na divisão, foi impactada a alta em Carnes e derivados, e em Hortaliças, tubérculos e leguminosas, seguidos por Leite, laticínios e ovos; e finalmente Pão e Cereais”, acrescentou. As duas divisões com menor variação em abril foram Educação (5,0%) e Bebidas alcoólicas e fumo (3,8%).
No nível da categoria, os preços sazonais lideraram o aumento (12,6%) seguidos pelo Core CPI (8,4%); enquanto os Regulados registraram alta de 4,9%.
O último relatório do Banco Mundial destaca que a Argentina vive a segunda maior inflação anual do mundo no setor de alimentos, com 107% ao ano, depois do Líbano.
