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A oposição na Venezuela selecionou o ex-diplomata Edmundo González Urrutia como candidato para competir nas eleições presidenciais do país, agendadas para 28 de julho. González foi escolhido pela Plataforma Democrática Unitária (PUD), uma coalizão de oposição, depois que Corina Yoris foi impedida de concorrer devido a restrições no processo de inscrição. Anteriormente, Yoris havia sido designada como substituta de María Corina Machado, vencedora das primárias da oposição em outubro, mas que também teve sua candidatura barrada.
A oposição tem expressado preocupações de que o governo esteja impondo obstáculos às candidaturas oposicionistas, enquanto o governo nega tais alegações.
Antes da seleção de González, a aliança da oposição buscava um candidato de consenso. A escolha de González foi confirmada um dia antes do prazo final para possíveis substituições, conforme o calendário eleitoral.
Edmundo González, de 74 anos, possui experiência como embaixador na Argélia e na Argentina durante os primeiros anos do governo de Hugo Chávez. Ele também desempenhou papel como representante internacional da Mesa Redonda da Unidade Democrática entre 2013 e 2015.
Apesar de ser considerado um candidato pouco conhecido, González é descrito por analistas políticos como alguém com desafios significativos para aumentar seu reconhecimento entre os eleitores em um período curto de tempo.
González é elogiado por sua discrição e convicções democráticas firmes, tendo atuado nos bastidores do Ministério dos Negócios Estrangeiros na década de 1990 e como conselheiro de relações internacionais da coligação da oposição. Ele é descrito como fluente em francês e inglês, além de sua língua nativa, o espanhol. O líder da oposição José Guerra destacou o amplo conhecimento de González em questões internacionais, econômicas e políticas, além de sua capacidade de escuta e tolerância, prevendo uma campanha desafiadora para o ex-diplomata.