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O acordo firmado entre as principais organizações palestinas – Hamas e Fatah – e outros 12 grupos políticos da nação árabe é uma resposta à guerra na Faixa de Gaza, considerada um “genocídio” por algumas organizações e países. A avaliação é do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.
Segundo Alzeben, essa unidade nacional é uma resposta contra o genocídio e contra as decisões de Israel de não reconhecer o outro e de persistir na sua ocupação do território palestino. Ele afirmou que a unidade nacional é fundamental para conseguir a criação do Estado da Palestina soberano e independente.
Para ele, a divisão entre os grupos prejudica a causa palestina. Apenas o grupo terrorista Jihad Islâmica teria ficado contra o acordo, segundo o diplomata, que comentou que não há problema, pois é saudável ter alguma oposição.
Adversários antes do dia 7 de outubro, o Fatah e o Hamas – junto com outros 12 grupos – firmaram acordo em Pequim, na China, para acabar com as divisões internas e criar uma unidade nacional para lutar pela libertação da Palestina contra a ocupação israelense.
A declaração firmada prevê, ainda, um governo interino com a participação de todos os grupos para realizar a reconstrução de Gaza e uma eleição geral. A negociação foi mediada pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que participou da cerimônia de assinatura do acordo.
Os grupos concordam em realizar a unidade nacional entre todas as facções sob a estrutura da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), a única representante legítima do povo palestino, informou a porta-voz chinesa, Mao Ning.
O governo israelense condenou o acordo, criticando a união do Fatah com o Hamas. Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que, em vez de rejeitar o terrorismo, Mahmoud Abbas, líder do Fatah, abraça os assassinos e violadores do Hamas, revelando sua verdadeira face.
Katz também afirmou que o governo do Hamas será esmagado e Abbas estará a vigiar Gaza de longe, com a segurança de Israel permanecendo exclusivamente nas mãos de Israel.
Segundo Pequim, a declaração conjunta dos 14 grupos palestinos se compromete com a solução de dois Estados, com um Estado independente da Palestina com Jerusalém Oriental como capital. Para isso, vão se apoiar nas resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir a integridade do território palestino, incluindo a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza.
O acordo prevê ainda a realização de uma conferência internacional mediada pela ONU com a participação de todos os atores influentes no conflito.
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, disse que os grupos terroristas concordaram em respeitar o direito internacional.
