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O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, descartou novamente qualquer possibilidade de um cessar-fogo ao prometer, em um evento nas Nações Unidas, que “não vamos parar a guerra (em Gaza) até trazer de volta todos os reféns” em poder do grupo terrorista palestino Hamas.
Katz se dirigiu por vídeo aos participantes de uma cerimônia em comemoração ao primeiro aniversário dos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro contra Israel. O evento, organizado pela missão de Israel na sede da ONU, contou com a presença de dezenas de diplomatas de países amigos, além de vários convidados da comunidade judaica em Nova York e familiares dos reféns.
O chanceler israelense reconheceu que foi seu país que “eliminou Hassan Nasrallah, o líder do grupo terrorista libanês Hezbollah, e destruiu a maior parte dos mísseis do Hezbollah”, mas acrescentou: “Ainda temos muito a fazer: na semana passada, o Irã disparou contra Israel dezenas de mísseis, e eu prometo que responderemos com força e poder, derrotando nossos inimigos”.
Após Katz, o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, voltou a criticar todo o sistema das Nações Unidas, acusando a organização de não ter demonstrado solidariedade a Israel. “Esta instituição – disse ele – nos falhou repetidamente. No momento da masacre de 7 de outubro, se negou a agir. Não conseguiu encontrar a mínima ética para condenar o assassinato brutal de civis inocentes… ficou em silêncio, e quando decidiu falar, não o fez por justiça, mas para desmerecer o país que luta para proteger seu povo.”
Com um tom ameaçador, ele concluiu: “Estamos comprometidos a fazer o que é necessário. Independentemente das condenações ou dos preconceitos (contrários), Israel alcançará seus objetivos”.
As intervenções de Katz e Danon tiveram um tom mais político, mas a cerimônia foi principalmente uma homenagem aos caídos nos ataques terroristas do ano passado e aos reféns que ainda estão em poder do Hamas, que se acredita serem cerca de cem.
Houve um minuto de silêncio, além de uma oração de um rabino, a apresentação de uma artista israelense e depoimentos emocionantes de familiares de algumas das 1.200 pessoas assassinadas naquele dia, a maioria delas judias, mas também alguns árabes.
Por outro lado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reiterou nesta segunda-feira, na cerimônia em comemoração ao primeiro aniversário de 7 de outubro, que “continuará lutando” na Faixa de Gaza enquanto houver reféns em poder do Hamas.
“Enquanto o inimigo ameaçar nossa existência e a paz de nosso país, continuaremos lutando. Não abriremos mão de nenhum deles (dos reféns). Não vou desistir enquanto nossos cidadãos não voltarem para casa em segurança, continuaremos lutando”, disse em um discurso gravado.
O líder israelense descreveu como uma “tristeza indescritível” os ataques realizados pelo Hamas em 7 de outubro, há um ano, mas garantiu que Israel “não foi derrotado”.
“E como aconteceu repetidamente na história de Israel, é exatamente em momentos de dificuldade que surge uma grande força interior”, afirmou.
O ataque da organização islâmica, o pior em solo israelense desde a criação do Estado, deixou 1.200 mortos e 251 sequestrados. Doze meses depois, ainda restam quase cem reféns na região.
“Mobilizamos um enorme poder espiritual. Definimos os objetivos da guerra e estamos alcançando: derrubar o regime do Hamas; trazer todos os nossos reféns para casa, vivos ou mortos, é uma missão sagrada que não deixaremos de lado até que o consigamos”, afirmou Netanyahu.
(Com informações da EFE)