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O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, atravessou a fronteira com o Líbano e, do sul do país vizinho, gravou um vídeo dentro de uma casa destruída por ataques israelenses, onde mostrou material militar que supostamente pertencia à milícia xiita Hezbollah, afirmando que “cada casa é uma base terrorista”.
“Cada casa é uma base terrorista, quero que vocês vejam com seus próprios olhos o que encontramos aqui”, declarou Hagari no vídeo, que tem cerca de quatro minutos. Ele mostra granadas de mão, fuzis de assalto, rifles e outros equipamentos militares que, segundo ele, pertenciam ao Hezbollah.
Hagari afirmou que o Hezbollah transformou as localidades do sul do Líbano em um “depósito” de armas para os seus combatentes na guerra contra Israel e para a “grande incursão ‘Conquistar a Galileia’”, um suposto plano do grupo terrorista libanês, semelhante aos ataques realizados pelo Hamas em 7 de outubro, que desencadearam o atual conflito regional.
“Este é um vilarejo libanês, um vilarejo xiita construído pelo Hezbollah. Cada casa tem armas prontas para uma incursão contra Israel. Agora estamos indo de casa em casa, confiscando essas armas e desmantelando as capacidades do Hezbollah para o plano de ‘Conquistar a Galileia’”, enfatizou Hagari no vídeo, que foi compartilhado no perfil oficial das FDI nas redes sociais.
Hagari também ressaltou que a incursão terrestre “seletiva e limitada” iniciada na semana passada no sul do Líbano tem como objetivo desmantelar essas capacidades do Hezbollah, que ameaçam o território e a população israelense.
“Estamos aqui para nos proteger da ameaça que o Hezbollah vem construindo há anos. Esta área deveria estar limpa. A resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU impede que essas armas estejam aqui. Estamos garantindo que esta área seja limpa para podermos dizer aos nossos cidadãos na fronteira, que têm sofrido por quase um ano, que eles podem voltar para suas casas”, afirmou o porta-voz.
As tensões entre Israel e Hezbollah começaram há cerca de um ano, quando o grupo libanês começou a lançar mísseis contra o norte de Israel como apoio à causa palestina, logo após os ataques do Hamas, que resultaram em quase 1.200 mortos e 240 reféns.
Em meados de setembro, o exército israelense intensificou sua ofensiva contra o Hezbollah com uma série de “bombardeios seletivos” no sul do Líbano e em Beirute, matando grande parte da liderança da milícia, incluindo seu líder, Hassan Nasrallah. Recentemente, Israel também iniciou uma incursão terrestre no sul do Líbano, que forçou a evacuação de cerca de 1,2 milhão de pessoas.
Ataques em Beirute
Nesta quinta-feira, de acordo com a Agência Nacional de Notícias Libanesa (ANN), Israel lançou ataques aéreos nas áreas de Ras al Nabaa, no centro de Beirute, e em Nuweiri, onde colunas de fumaça eram visíveis de vários pontos da capital libanesa.
Até o momento, o objetivo desses ataques não foi totalmente esclarecido, mas a mídia israelense sugeriu que um dos bombardeios tinha como alvo Wafiq Safa, chefe da unidade de Ligação e Coordenação do Hezbollah.
Este foi o terceiro ataque em Beirute desde o início da campanha massiva de bombardeios de Israel há mais de duas semanas, que tem sido concentrada principalmente no sul e no leste do Líbano, além dos subúrbios ao sul de Beirute, conhecidos como Dahye.
Outras áreas da capital, como Cola e Bashura, também foram afetadas nas últimas semanas, embora os bombardeios tenham se concentrado principalmente em Dahye, de onde muitos residentes já fugiram para outras partes de Beirute.
(Com informações de EFE e EuropaPress)