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O Exército israelense anunciou nesta quinta-feira um toque de recolher noturno no sul do Líbano, um dia após o início do cessar-fogo com o grupo militante Hezbollah, apoiado pelo Irã.
“Está estritamente proibido mover-se ou viajar para o sul do rio Litani a partir das 17h (15h GMT) até as 7h da manhã de amanhã (sexta-feira). Quem estiver ao sul do rio Litani deve permanecer onde está”, afirmou o porta-voz militar Avichay Adraee em uma mensagem no X (antigo Twitter).
O porta-voz também informou que, nesta quinta-feira, o Exército israelense atacou uma instalação no sul do Líbano pertencente ao Hezbollah.
“Recentemente, foi identificada atividade terrorista em uma instalação utilizada pelo Hezbollah para armazenar foguetes de médio alcance no sul do Líbano. A ameaça foi neutralizada por um avião da Força Aérea israelense. O Exército (israelense) permanece no sul do Líbano e age para garantir o cumprimento das violações do acordo de cessar-fogo”, disse o oficial em um comunicado.
O cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, mediado pelos Estados Unidos e França, entrou em vigor na quarta-feira às 04h00 (02h00 GMT), após mais de um ano de confrontos. O acordo estabelece três etapas: uma trégua inicial, o recuo do Hezbollah ao norte do rio Litani e a retirada total das tropas israelenses em um prazo de 60 dias.
Além disso, o acordo prevê negociações para delimitar a fronteira entre os dois países, atualmente definida pela ONU desde a guerra de 2006. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o plano foi elaborado como um “cessar-fogo permanente” e conta com garantias de Washington para proteger a liberdade de ação de Israel em caso de violações por parte do Hezbollah.
A trégua chegou após semanas de violência intensa. Horas antes de sua entrada em vigor, Israel bombardeou edifícios no sul de Beirute e emitiu ordens de evacuação para a área. De acordo com os termos do cessar-fogo, as forças israelenses podem levar até 60 dias para se retirar do sul do Líbano, mas nenhuma das partes pode realizar operações ofensivas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que deu instruções ao exército para não permitir o retorno dos residentes aos vilarejos próximos à fronteira. O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, principal interlocutor de Líbano na negociação do acordo, havia declarado na quarta-feira que os residentes podiam retornar às suas casas.
O Hezbollah afirmou que seus combatentes “seguem totalmente equipados para enfrentar as aspirações e ataques do inimigo israelense”. Suas forças monitorarão a retirada israelense do Líbano “com as mãos no gatilho”.
O grupo foi enfraquecido pelas baixas e pelo assassinato de seu líder, Sayed Hasán Nasralá, e outros comandantes pelas mãos de Israel.