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Enquanto os rebeldes sírios continuam sua marcha em direção à capital do país, neste sábado, um grupo de manifestantes derrubou uma estátua do falecido pai do ditador sírio Bashar al-Assad, Hafez, no subúrbio de Damasco, Jaramana, que é majoritariamente druso e cristão.
Um testemunho dado à agência AFP por telefone relatou que viu “dezenas de manifestantes” derrubando a estátua em uma praça principal de Jaramana, que leva o nome do ex-presidente. Outro testemunho afirmou que a estátua já havia sido destruída quando passou pela praça mais tarde. Imagens de vídeo que circulam nas redes sociais e foram verificadas pela AFP mostram jovens derrubando a estátua e gritando slogans contra Al-Assad.
Cenas semelhantes foram registradas em imagens compartilhadas por meios de comunicação locais na cidade do sul, Daraa, e em imagens online verificadas pela AFP provenientes de Hama, ao norte da capital.
Em Hama, um fotógrafo da AFP viu moradores colocando fogo em um cartaz gigante do presidente Assad na fachada da prefeitura.
“Os rebeldes entraram em Hama, foi uma grande alegria para nós, algo que havíamos esperado desde 2011”, disse a residente Maymouna Jawad, referindo-se ao ano em que a repressão de Assad às manifestações democráticas se intensificou, levando à guerra civil.
Os rebeldes, em um avanço rápido pelo território sírio, disseram que neste sábado estavam se aproximando de Damasco, embora o regime tenha negado que o Exército tenha se retirado das áreas ao redor da capital.
“Nossas forças começaram a fase final de cercar a capital”, afirmou o comandante rebelde Hassan Abdel Ghani, da aliança liderada por islamistas que lançou a ofensiva.
Enquanto isso, o líder do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), grupo islamista que tem liderado o ataque, disse aos combatentes para se prepararem para tomar a sede do regime de Al-Assad, pouco mais de uma semana depois de um novo ataque no conflito que estava inativo há muito tempo.
“Damasco os espera”, declarou Ahmed al-Sharaa, do HTS, em um comunicado no Telegram, utilizando seu nome verdadeiro em vez de seu nome de guerra, Abu Mohammed al-Jolani.
O Ministério da Defesa da Síria afirmou que as forças do exército estavam “presentes em todas as áreas do campo de Damasco”. “Não há verdade nas notícias que afirmam que nossas forças armadas… se retiraram” das posições próximas a Damasco, disseram.
A AFP não conseguiu verificar de forma independente parte das informações fornecidas pelo regime e pelos rebeldes, já que seus jornalistas na Síria não conseguem chegar às áreas ao redor de Damasco onde os rebeldes afirmam estar presentes.
A presidência da Síria negou os relatos de que Assad havia saído de Damasco, afirmando que ele estava “cumprindo seu trabalho e deveres nacionais e constitucionais a partir da capital”.
O líder do HTS afirmou, em uma entrevista com a CNN publicada na sexta-feira, que “o objetivo da revolução continua sendo a derrubada deste regime”.
(Com informações da AFP)