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O suspeito no assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, foi preso na manhã desta segunda-feira (9) em um McDonald’s na Pensilvânia. Luigi Mangione, de 26 anos, formado em uma prestigiada universidade da Ivy League, é descrito como um crítico fervoroso do capitalismo e da comunidade médica. Segundo fontes policiais ao The New York Post, ele expressava admiração por Ted Kaczynski, o “Unabomber”, e deixou um manifesto que dizia: “Esses parasitas mereciam isso”.
A prisão e os indícios
Mangione foi capturado após uma busca intensa que começou com o assassinato de Thompson na saída de um hotel em Manhattan, na semana passada. Durante a prisão, foram apreendidos uma arma de fabricação caseira equipada com silenciador, um passaporte dos EUA, quatro identidades falsas e um manifesto manuscrito de duas páginas e meia.
De acordo com autoridades, o conteúdo do manifesto reflete ideias anti-establishment, semelhantes às expressas por Kaczynski, famoso por seus ataques com bombas enviadas pelo correio nos anos 1990. Uma das citações curtidas por Mangione em redes sociais dizia:
“Imagine uma sociedade que submete as pessoas a condições que as deixam profundamente infelizes e, em seguida, oferece drogas para aliviar essa infelicidade. Em vez de remover as condições que causam depressão, a sociedade moderna fornece antidepressivos para modificar o estado interno do indivíduo, permitindo que ele tolere condições sociais que, de outra forma, seriam intoleráveis.”
Motivações pessoais e acadêmicas
A aversão de Mangione à comunidade médica teria raízes pessoais, relacionadas ao tratamento de um parente próximo que enfrentava problemas de saúde. Registros online mostram que ele perdeu a avó em 2013 e o avô em 2017. Ele também trabalhou brevemente em um centro de cuidados assistidos para idosos em 2014, enquanto ainda estava no ensino médio.
Mangione, natural de Towson, Maryland, foi um aluno brilhante. Valedictorian de sua turma em 2016 na Gilman School, uma prestigiada escola particular em Baltimore, ele prosseguiu para a Universidade da Pensilvânia, onde obteve um diploma de Bacharel em Engenharia, com ênfase em Ciências da Computação e Informação, e um mestrado na mesma área. Ele também é descrito como cofundador de uma startup de desenvolvimento de aplicativos chamada AppRoar Studios.
Atividades e perfil online
Além de suas realizações acadêmicas, Mangione participou de iniciativas relacionadas ao desenvolvimento de videogames durante sua graduação. Porém, suas atividades online mostravam outro lado: envolvimento em causas anticapitalistas e críticas ao sistema econômico e governamental dos EUA. Em 2019, ele compartilhou um artigo do Wall Street Journal intitulado “Obstáculo à Redução do Déficit: Uma Nação Dependente de Benefícios Sociais”.
Atualmente, seu perfil no LinkedIn o lista como engenheiro de dados em uma empresa automotiva na Califórnia, embora ele tenha registrado Honolulu, no Havaí, como sua residência.
Desdobramentos do caso
Até o momento, Mangione não foi formalmente acusado pelo homicídio de Thompson, e não está claro se ele fez alguma declaração às autoridades. Fontes policiais destacam que ele teria agido sozinho, conforme indicado no manifesto.
O caso continua em investigação, com autoridades tentando conectar as motivações ideológicas e pessoais de Mangione ao ato violento. O nome de Brian Thompson, CEO de uma das maiores seguradoras de saúde dos EUA, agora se junta à lista de figuras públicas vítimas de ataques relacionados a conflitos ideológicos nos Estados Unidos.