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As relações diplomáticas entre Irlanda e Israel se deterioraram após uma série de medidas, incluindo o reconhecimento de um Estado palestino por parte da Irlanda e o apoio a um caso na Corte Internacional de Justiça que acusa Israel de “genocídio” na Faixa de Gaza.
A Irlanda também tem sido uma das críticas mais abertas à resposta de Israel aos ataques de 7 de outubro de 2023 por parte do Hamas, que desencadearam a guerra em Gaza.
“A decisão de fechar a embaixada de Israel em Dublin foi tomada à luz das políticas extremas anti-israelenses do governo irlandês”, disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.
“As ações e a retórica antissemita usadas pela Irlanda contra Israel têm suas raízes na deslegitimação e demonização do Estado judeu, junto com um duplo padrão”, disse o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, em um comunicado.
“Irlanda cruzou todas as linhas vermelhas em suas relações com Israel”.
Em novembro, o primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris, disse que as autoridades do país deteriam seu homólogo israelense, Benjamin Netanyahu, se ele viajasse à Irlanda, após a Corte Penal Internacional emitir uma ordem de prisão contra ele.
A CPI emitiu ordens de prisão contra Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant “por crimes contra a humanidade e crimes de guerra” cometidos entre 8 de outubro de 2023 e 20 de maio deste ano na Faixa de Gaza.
Saar disse que Israel investiria seus recursos na construção de laços com outros países, e no domingo anunciou a abertura de uma embaixada na Moldávia.
“Ajustaremos a rede diplomática de missões de Israel ao mesmo tempo em que damos a devida importância, entre outros fatores, às posições e ações de vários países em relação a Israel no âmbito diplomático”, disse.
No comunicado, o novo ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, anunciou, por outro lado, a abertura planejada para 2025 de uma embaixada israelense em Chisinau, capital da Moldávia, onde disse que estavam em busca de um edifício adequado para a missão, bem como no procedimento para nomear um embaixador israelense.
“As relações entre Israel e Moldávia são amistosas e ambos os países estão interessados em ampliá-las e aprofundá-las. A Moldávia já tem uma embaixada em Israel e chegou a hora de Israel ter uma embaixada na Moldávia”, indicou Saar.
Em maio, Dublin disse que reconhecia a Palestina como “um Estado soberano e independente” que compreendia a Faixa de Gaza e a Cisjordânia e concordou em estabelecer relações diplomáticas plenas.
Espanha e Noruega reconheceram um Estado palestino no mesmo dia, e a Eslovênia o fez uma semana depois, o que provocou medidas de retaliação por parte de Israel.
Em novembro, Dublin aceitou pela primeira vez o nomeação de um embaixador palestino de pleno direito.
No domingo, o primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, qualificou de “profundamente lamentável” a decisão israelense de fechar sua embaixada em Dublin.
“Rejeito categoricamente a afirmação de que a Irlanda é anti-israelense. A Irlanda é a favor da paz, a favor dos direitos humanos e a favor do direito internacional”, publicou no X.
(Com informações da AFP e EFE)