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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu para se reunir com ele o mais rápido possível, embora não tenha confirmado se o encontro realmente acontecerá.
“O presidente Putin disse que quer se encontrar comigo o quanto antes, então temos que esperar, mas precisamos acabar com essa guerra”, declarou Trump durante um fórum da organização ultraconservadora Turning Point, realizado em Phoenix, no estado do Arizona.
Trump criticou a guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa, classificando-a como “horrível”. Ele destacou que encerrar o conflito é uma de suas prioridades. “Milhões de soldados morreram. Estamos vendo números absurdos. Eu preciso parar isso. É ridículo”, afirmou o republicano, destacando que, se fosse presidente, a guerra nunca teria começado.
Na última quinta-feira, o líder do Kremlin declarou estar disposto a se reunir com Trump “a qualquer momento”, mas destacou que não sabe quando a reunião poderá acontecer, já que o político norte-americano “não disse nada” a respeito. “Não conversamos há quatro anos. Estou disposto a fazê-lo (conversar) a qualquer momento e também a nos reunirmos”, disse Putin em sua coletiva de imprensa de fim de ano.
Na semana passada, o Kremlin informou que o presidente russo não recebeu de Trump nenhum convite para participar de sua cerimônia de posse, marcada para 20 de janeiro.
Trump, que recentemente se reuniu com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou repetidamente que uma de suas principais metas ao retornar à Casa Branca será o fim da guerra na Ucrânia.
“Designarei os cartéis como organizações terroristas”
Além de abordar a guerra na Ucrânia, Trump também comentou outro tema importante durante seu discurso em Phoenix: o combate ao narcotráfico.
O presidente eleito prometeu que, assim que assumir o poder em 20 de janeiro, designará os cartéis de narcotráfico como organizações terroristas estrangeiras. “Todos os membros de gangues estrangeiras serão expulsos e designarei imediatamente os cartéis como organizações terroristas estrangeiras. Farei isso de imediato”, declarou.
O republicano voltou a acusar outros países de enviar “traficantes de drogas” para os Estados Unidos e garantiu que toda a rede criminosa que opera em território norte-americano será “desmantelada, deportada e destruída”.
Trump citou o caso de Aurora, uma cidade no Colorado, onde, segundo ele, há presença de membros da gangue transnacional de origem venezuelana Tren de Aragua.
O setor mais conservador do Partido Republicano defende há tempos que narcotraficantes sejam tratados como terroristas, propondo até intervenções militares em território mexicano, algo considerado uma “linha vermelha” pelo governo do México, que já alertou que defenderá sua soberania.
Relação com o México
Durante o discurso, Trump mencionou a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, descrevendo-a como uma “mulher encantadora”. No entanto, ele insistiu que o México precisa conter o tráfico de drogas na fronteira.
“Fui muito firme com o México. Conversei com a nova presidente, uma mulher encantadora e maravilhosa, a presidente Sheinbaum. Mas eu disse a ela: ‘Vocês não podem fazer isso com o nosso país’”, declarou Trump.
O republicano fazia referência a uma ligação que teve em novembro com Sheinbaum, após ameaçar aplicar tarifas de 25% ao México e ao Canadá caso os governos desses países não freassem a entrada de migrantes e drogas nos Estados Unidos.
Trump também destacou o impacto das drogas nos Estados Unidos, mencionando o alto número de mortes por overdose, especialmente de fentanil. “Deixei claro para o México que isso não pode continuar. As famílias estão sendo destruídas, e vamos acabar com isso. Não vamos permitir que isso aconteça”, afirmou, prometendo lançar grandes campanhas publicitárias para alertar os cidadãos sobre os perigos do consumo de drogas.
Enquanto isso, o governo mexicano insiste que os Estados Unidos devem tratar a demanda interna por drogas como um problema de saúde pública, ao invés de focar apenas no tráfico na fronteira.
(Com informações da EFE)