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Em sessão tumultuada no plenário do Knesset, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu expressou nesta segunda-feira (23) um otimismo cauteloso sobre as possibilidades de um acordo com o grupo terrorista palestino Hamas para a liberação de reféns.
Durante debate convocado pela oposição, que pode ocorrer uma vez por mês com o apoio de 40 assinaturas, Netanyahu afirmou que há progresso nas negociações, destacando três fatores principais: a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar; o fato de que o Hezbollah e o Irã, que se esperava que ajudassem o Hamas, estão em uma situação difícil; e os constantes golpes sofridos pelo Hamas, que estão enfraquecendo o grupo.
Ainda antes do feriado de Hanukkah, Netanyahu afirmou que a felicidade só será plena quando todos os reféns retornarem para casa, destacando que medidas significativas estão sendo tomadas em vários níveis, embora não possa divulgar todos os detalhes. Ele reforçou que Israel continuará a agir sem descanso até trazer todos os reféns de volta do território inimigo.
Netanyahu também se referiu aos feitos militares de Israel, afirmando que estão “mudando a face do Oriente Médio” e gerando grande apreço pela região e pelo mundo. Ele mencionou que até mesmo os inimigos de Israel reconhecem as conquistas do país, observando a destruição que o Hamas e o Hezbollah causaram a si mesmos, incluindo a eliminação de líderes em múltiplos escalões.
Em relação à oposição, Netanyahu criticou aqueles que zombam de sua insistência em uma vitória total, argumentando que a realidade demonstrou que sua abordagem estava correta. Ele disse que se Israel tivesse interrompido a guerra antes de tomar o controle de Rafah e do corredor de Filadélfia, como alguns na oposição haviam sugerido, isso teria sido uma vitória para o Irã e não teria resultado na libertação de reféns.
O primeiro-ministro alertou que desafios ainda estão por vir, especialmente com relação ao Irã, que representa uma ameaça de destruição a Israel. Ele reforçou o compromisso de Israel em impedir que o Irã obtenha armas nucleares ou qualquer outra ameaça à segurança do país.
Netanyahu também abordou a situação no Iémen, destacando que os ataques israelenses aos Houthis não foram os primeiros e não seriam os últimos, pois o país havia destruído ativos terroristas significativos usados contra Israel.
Em relação à paz com os países árabes, Netanyahu defendeu que a paz não depende exclusivamente de um acordo com os palestinos, ressaltando os Acordos de Abraão como uma prova de que novos acordos de paz com os árabes são possíveis. Embora reconhecesse que a questão palestina representa um obstáculo, ele apontou uma mudança na perspectiva dos vizinhos árabes, que agora veem Israel como uma potência regional e um aliado potencial na garantia da segurança e estabilidade da região. Netanyahu afirmou que pretende aproveitar ao máximo essa oportunidade, com o apoio dos Estados Unidos.