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O Foro de São Paulo, grupo que reúne partidos de esquerda da América Latina, realizou o Festival Mundial Internacional Antifascista em Caracas, na Venezuela, na quinta-feira (09). O evento ocorreu no mesmo momento em que veículos de comunicação informavam que Maria Corina Machado, líder da oposição venezuelana, havia sido presa pela ditadura de Nicolás Maduro.
A secretária-executiva do Foro de São Paulo, Mônica Valente, membro do Diretório Nacional do PT, foi responsável pela coordenação das discussões. Em mensagem postada pelo Foro de São Paulo na plataforma X (antigo Twitter), ela declarou: “O trabalho de 2025 começou! Reunião do grupo de trabalho, debatendo os problemas do nosso continente e buscando ações para reforçar nossas forças neste espaço de luta e resistência”.
O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), liderado por Nicolás Maduro, é um dos partidos mais influentes no Foro de São Paulo, junto ao PT, o Partido Comunista de Cuba e a Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua.
O PT reconheceu a vitória de Maduro nas eleições venezuelanas de 2024, embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha feito críticas ao processo.
Além de Mônica Valente, o PT enviou outros três representantes para o evento do Foro de São Paulo e a posse de Maduro: Camila Moreno e Vera Lúcia Barbosa, membros da executiva nacional do partido, e Valter Pomar, diretor de cooperação internacional da Fundação Perseu Abramo.
A embaixadora do Brasil em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira, também está prevista para representar o governo brasileiro na posse de Maduro.
Embora Lula não tenha reconhecido Maduro como “presidente” reeleito, também se absteve de reconhecer o opositor Edmundo González como vencedor.
Após o resultado da eleição presidencial da Venezuela, Brasil, Estados Unidos e outros países da América Latina e Europa pressionaram Maduro para a divulgação das atas eleitorais que comprovassem sua vitória. No entanto, Maduro não atendeu aos pedidos.
A posse de Nicolás Maduro ocorrerá nesta sexta-feira (10). O líder chavista de 62 anos governa a Venezuela desde 2013 e inicia seu terceiro mandato de 6 anos.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro obteve 51,2% dos votos. No entanto, opositores afirmam que Manuel González recebeu 67% dos votos nas urnas.
