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Israel e o grupo terrorista Hamas estão próximos de alcançar um princípio de acordo para a libertação dos reféns retidos em Gaza desde outubro de 2023, conforme informaram à The Times of Israel fontes árabes envolvidas nas negociações.
Os mediadores, representados pelos Estados Unidos, Catar e Egito, estão trabalhando nos detalhes de um pacto que pode ser anunciado ainda nesta quarta-feira (15) ou quinta-feira (16), por meio de uma declaração conjunta, segundo as mesmas fontes.
No entanto, um dos pontos críticos pendentes é a definição precisa da retirada das Forças de Defesa de Israel (FDI) do enclave palestino. Os mediadores aguardam que Israel apresente um mapa detalhado especificando os parâmetros dessa retirada.
Durante as negociações, o ministro de Relações Exteriores de Israel, Guideon Saar, expressou, em Roma, sua esperança de alcançar um acordo em várias fases que ponha fim aos 15 meses de ofensiva na Faixa de Gaza. Após reunião com seu homólogo italiano, Antonio Tajani, Saar afirmou à imprensa que o pacto é “tangível” e conta com o apoio da maioria do governo israelense, apesar da resistência de alguns parceiros ultradireitistas.
“Creio que há uma verdadeira vontade de chegar a um acordo da nossa parte”, afirmou Saar, ressaltando o compromisso de Israel em avançar nas negociações e abordar as condições necessárias para a libertação dos reféns.
Em paralelo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou que sua administração entregará à próxima presidência de Donald Trump um plano pós-conflito para Gaza, com o intuito de promover a reunificação do enclave palestino com a Cisjordânia sob um governo respaldado internacionalmente.
Em discurso no Atlantic Council, em Washington, Blinken explicou que a proposta inclui medidas de reconstrução para Gaza e se alinha com os princípios que ele havia apresentado anteriormente em Tóquio, em novembro de 2023. Esse plano serviria como base para a criação de um Estado palestino independente, condicionado ao fechamento de um acordo entre Israel e Hamas.
“Estamos comprometidos em garantir que as negociações atuais conduzam a uma solução sustentável e duradoura, que não apenas trate da libertação dos reféns, mas também ofereça esperança às pessoas em Gaza e na Cisjordânia”, afirmou Blinken.
O possível pacto representaria um avanço em um dos conflitos mais prolongados da região, que já causou milhares de vítimas e devastação generalizada em Gaza desde o início da ofensiva, em outubro de 2023.
Em conversa telefônica, os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e do Egito, Abdel Fatah al Sisi, destacaram “a importância do compromisso das partes envolvidas em superar os obstáculos e demonstrar a flexibilidade necessária para alcançar [um acordo]”, conforme declarado pela presidência egípcia.
O Catar, principal mediador ao lado dos Estados Unidos e do Egito, informou que as negociações estão na “fase final” e que os “principais problemas” já foram resolvidos.
“Esperamos que isso resulte em um acordo muito rapidamente”, declarou um porta-voz da chancelaria do Catar à imprensa.
De acordo com duas fontes próximas ao Hamas, na primeira fase do acordo de cessar-fogo, 33 reféns devem ser liberados em troca de mil palestinos detidos por Israel. Eles seriam libertados “em grupos, começando por crianças e mulheres”, informou uma dessas fontes.
Desde o início da guerra, apenas uma trégua de uma semana foi instaurada, no final de novembro de 2023.
Um funcionário israelense afirmou que as negociações para a segunda fase do acordo começarão 16 dias após a entrada em vigor da primeira fase.
A segunda fase envolverá a liberação dos últimos reféns, incluindo “soldados homens, homens em idade militar e os corpos dos reféns mortos”, segundo o jornal The Times of Israel.
O Hamas afirmou nesta terça-feira (14) que espera alcançar “um acordo claro e global”.
“Podemos esperar boas notícias, estamos perto do fim, mas ainda não chegamos lá”, comentou um funcionário governamental de Israel.
Ainda assim, Israel não abandonará “Gaza até que todos os reféns tenham voltado, os vivos e os mortos”, ressaltou.
No ataque de 7 de outubro de 2023, 251 pessoas foram sequestradas e 1.210 morreram em Israel, a maioria civis, segundo um levantamento com base em dados oficiais.
Dos sequestrados, 97 ainda estão em cativeiro em Gaza, mas o exército israelense estima que 34 deles morreram.
(Com informações de EFE e AFP)
