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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no sábado que gostaria que Jordânia, Egito e outros países árabes aceitassem um maior número de refugiados palestinos provenientes da Faixa de Gaza, em um esforço para reduzir a população do território e começar do “zero” na área devastada pela guerra.
Durante uma conversa de 20 minutos com jornalistas a bordo do Air Force One, Trump revelou que reativou o envio de bombas de 2.000 libras (907 quilos) a Israel, levantando uma proibição imposta por seu antecessor, Joe Biden, para limitar as baixas civis durante o conflito entre Israel e Hamas.
“Liberei hoje”, disse Trump sobre as bombas. “Eles estavam esperando por elas há muito tempo”. Ao ser questionado sobre a decisão, Trump explicou: “Porque eles compraram”.
Em relação à sua visão para a Faixa de Gaza, Trump disse que havia conversado com o rei Abdullah II da Jordânia e que planejava se comunicar no domingo com o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi.
“Gostaria que o Egito acolhesse pessoas”, afirmou Trump, referindo-se aos deslocados palestinos em Gaza. Ele estimou que cerca de um milhão e meio de pessoas poderiam ser reassentadas, permitindo “limpar toda essa área”.
Trump elogiou a Jordânia por ter aceitado anteriormente refugiados palestinos e sugeriu que o país poderia receber mais. “Disse ao rei: ‘Adoraria que assumissem mais, porque estou vendo agora toda a Faixa de Gaza, e é um desastre. É um verdadeiro desastre’”, expressou.
O presidente indicou que esse reassentamento poderia ser temporário ou a longo prazo e levantou a possibilidade de construir moradias em outras localidades, em colaboração com nações árabes, para que os palestinos possam “viver em paz por uma mudança”. Segundo Trump, Gaza é atualmente um “local de demolição”, onde “quase tudo está destruído e as pessoas estão morrendo”.
Trump também confirmou a reativação do fornecimento de armas a Israel, incluindo as bombas de grande porte que Biden havia interrompido em maio durante o conflito entre Israel e Hamas. A suspensão visava limitar o uso dessas armas em áreas como a cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde um milhão de civis viviam ou buscavam refúgio.
Na época, Biden declarou que não apoiaria a entrega de armamento destinado a operações militares que pudessem causar baixas massivas em Rafah. No entanto, Israel tomou o controle da cidade um mês depois, após a fuga da maioria dos civis.
Trump defendeu sua decisão no contexto do cessar-fogo entre Israel e Hamas, que pausou os confrontos e permitiu a libertação de reféns por ambas as partes.
