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As equipes de resgate continuam trabalhando na recuperação de vítimas após a colisão de um avião comercial Bombardier CRJ-700 e um helicóptero militar UH-60 Black Hawk sobre o rio Potomac na noite de quarta-feira, perto do aeroporto Reagan em Washington, D.C.
Até o momento, foram recuperados 40 corpos das 67 vítimas fatais, enquanto 14 pessoas continuam desaparecidas, segundo fontes citadas pela CNN.
As operações de busca foram temporariamente suspensas durante a noite devido às difíceis condições na zona do acidente.
As autoridades descartaram a possibilidade de encontrar sobreviventes, tornando este sinistro o acidente aéreo mais mortífero nos Estados Unidos desde 2001.
Apesar de que a fuselagem do avião está em águas rasas, as equipes de resgate enfrentam baixa visibilidade e lama espessa, o que dificulta as operações subaquáticas.
Butch Hendrick, especialista em resgates aquáticos e fundador do programa Lifeguard Systems, explicou à CNN que os mergulhadores avançam praticamente às cegas dentro da aeronave acidentada.
“É como ler em braille. A falta extrema de visibilidade obriga os resgatistas a identificar obstáculos e possíveis vítimas apenas pelo tato, enquanto manobram entre restos de fuselagem e assentos destruídos”, detalhou Hendrick.
Além disso, ele destacou que a lama acumulada representa um risco constante, pois pode prender objetos e corpos, retardando a operação. Outro problema é a possível contaminação da água, devido ao derramamento de combustível e aos destroços da aeronave.
Segundo Hendrick, um fator adicional a considerar é o tipo de cintos de segurança no avião. Diferente dos automóveis, onde os ocupantes usam cintos de ombro, nos aviões regionais como o CRJ-700, os cintos são de quadril, o que significa que muitos passageiros podem ter sido arremessados de seus assentos após o impacto.
Identificação das Vítimas
Até o momento, entre os falecidos confirmados estão dois cidadãos chineses, segundo informou a Embaixada da China nos EUA, assim como um pai e seu filho argentino, que haviam viajado a Washington após participar de uma competição de patinação artística.
Entre as vítimas também estão os patinadores americanos Jinna Han e Spencer Lane, juntamente com os treinadores russos Evgenia Shishkova e Vadim Naumov, campeões mundiais em 1994 na modalidade de pares.
Além disso, foi confirmada a morte de Michael “Mikey” Stovall e Jesse Pitcher, que retornavam junto a um grupo de amigos de sua viagem anual de caça no Kansas, segundo informaram suas famílias à CNN.
O acidente ocorreu na quarta-feira às 20h48 (horário local), quando o voo N530EA, operado pela PSA Airlines, filial regional da American Airlines, se aproximava do Aeroporto Nacional Ronald Reagan de Washington após partir de Wichita, Kansas. Nesse momento, colidiu com um helicóptero UH-60 Black Hawk do Exército dos EUA, que realizava um voo de treinamento com três tripulantes a bordo.
O impacto fez com que ambas as aeronaves caíssem no rio Potomac, o que complicou as operações de resgate desde o primeiro momento devido às baixas temperaturas da água e à correnteza do rio.
As autoridades apontaram que ainda não foram determinadas as causas exatas da colisão, mas a Junta Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) recuperou as caixas-pretas do avião, incluindo o gravador de dados de voo e o gravador de voz da cabine. Esses dispositivos foram levados a um laboratório a menos de dois quilômetros do local do acidente, onde serão analisados para esclarecer os momentos anteriores à colisão.
A Administração Federal de Aviação (FAA) também iniciou sua própria investigação para determinar se houve falhas no controle do tráfego aéreo, problemas mecânicos ou erros humanos na aproximação do avião ao aeroporto.
O Aeroporto Nacional Ronald Reagan suspendeu temporariamente suas operações após o sinistro, mas reabriu na quinta-feira às 11h (horário local). Enquanto isso, familiares das vítimas começaram a chegar a Washington em busca de informações sobre seus entes queridos, e equipes de atendimento psicológico foram mobilizadas para oferecer apoio.
O impacto da tragédia ressoou nas comunidades aérea e militar, dada a importância do Black Hawk como helicóptero de combate e do CRJ-700 como aeronave comercial regional. Especialistas em segurança alertaram sobre a necessidade de revisar os protocolos de voo nas imediações do aeroporto, especialmente em relação à coexistência de operações militares e comerciais no mesmo espaço aéreo.
As operações de resgate continuam enquanto as autoridades trabalham na localização dos desaparecidos, em um dos acidentes aéreos mais trágicos da história recente dos Estados Unidos.
(Com informações da EFE)
