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O presidente de Israel, Isaac Herzog, demonstrou profunda preocupação com o estado de saúde dos três reféns libertados neste sábado (10), classificando a situação como um “crime contra a humanidade” e pedindo uma resposta urgente da comunidade internacional.
“É assim que se parece um crime contra a humanidade!”, escreveu Herzog em sua conta na rede social X.
Retorno após 491 dias de cativeiro
Os israelenses Ohad Ben Ami, Or Levy e Eli Sharabi retornaram após 491 dias de cativeiro, visivelmente enfraquecidos, magros e abalados. Segundo Herzog, os três foram submetidos a um “espetáculo cínico e cruel por assassinos desprezíveis” antes de serem entregues à Cruz Vermelha.
A libertação ocorreu em meio a um acordo de cessar-fogo, no qual Israel concordou em soltar 183 prisioneiros palestinos. No total, o pacto prevê a troca de 33 reféns israelenses por mais de 1.900 palestinos detidos. Apesar da negociação, mais de 65 pessoas ainda permanecem em cativeiro em Gaza, e há temores de que muitas possam estar mortas.
Famílias devastadas
A esposa de Ohad, Raz, e suas três filhas (Yulie, Ella e Natalie) lideraram uma campanha global por sua libertação. Já Or Levy foi sequestrado no Festival Nova, onde sua esposa, Einav, foi assassinada. Durante o período de cativeiro, o filho de Or, Almog, de apenas três anos, foi cuidado por familiares até o reencontro com o pai.
O caso de Eli Sharabi é ainda mais trágico. Sua esposa, Lianne, e suas filhas, Noiya e Yahel, foram assassinadas no ataque de 7 de outubro, no Kibutz Be’eri. Seu irmão, Yossi, também sequestrado, não sobreviveu ao cativeiro. A mãe deles, Hanna, junto com outros familiares, dedicou todos os esforços para trazer Eli de volta.
Confronto com a realidade
Segundo relatos, Eli Sharabi não sabia que sua esposa e filhas haviam sido assassinadas. Ao chegar a Israel, sua mãe e irmã tiveram que lhe dar a trágica notícia, algo para o qual se prepararam antecipadamente. Ainda não está claro se Or Levy sabia sobre a morte de sua esposa.
Os três reféns foram entregues à Cruz Vermelha após serem forçados a subir em um palco diante de uma multidão em Gaza. De lá, seguiram para uma base no sul de Israel, onde receberam atendimento médico e reencontraram seus familiares antes de serem encaminhados a um hospital para cuidados mais aprofundados.
Herzog: “Resgatar todos os reféns é uma obrigação moral”
O presidente israelense reiterou que completar o acordo de reféns é uma necessidade humanitária e moral. “É essencial resgatar todos os nossos irmãos e irmãs do inferno do cativeiro em Gaza, até o último deles!”, declarou.
A libertação desses três homens, embora celebrada, ressalta a dor contínua das famílias que ainda aguardam notícias de seus entes queridos sequestrados e reforça a pressão internacional para uma solução definitiva para a crise dos reféns.