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Neste domingo, o Equador foi novamente às urnas para as eleições gerais, um processo marcado pela polarização entre o atual presidente, Daniel Noboa, e sua maior rival, Luisa González. A disputa envolve a esperança de retorno do correísmo ao poder, representado por González, enquanto Noboa busca sua reeleição.
De acordo com um levantamento feito logo após o fechamento das urnas, o atual presidente alcançou uma possível vitória já no primeiro turno, com 50,12% dos votos válidos, segundo uma pesquisa de boca de urna realizada pela empresa Estrategas, divulgada pelo canal Teleamazonas.
O processo eleitoral, que envolveu mais de 13,7 milhões de eleitores, transcorreu sem incidentes graves e as urnas foram fechadas às 17h00, horário local. De acordo com a legislação do Equador, um candidato pode ser declarado vencedor no primeiro turno se obtiver mais de 50% dos votos válidos ou pelo menos 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado.
Com 0,18% das urnas apuradas, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador informou que Noboa lidera com 51,4% dos votos, seguido por Luisa González, do movimento Revolução Ciudadana, com 36,36%. O candidato indígena Leonidas Iza, do Pachakutik, aparece em terceiro lugar com 5,37%.
No entanto, a pesquisa de boca de urna da Estrategas apontou uma diferença na classificação: González ficaria com 42,21% dos votos, seguida por Andrea González Nader (1,98%) e Leonidas Iza (1,89%). A apuração também revelou que os outros candidatos não ultrapassaram 1% dos votos.
O ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) questionou os resultados do levantamento em sua conta na rede social X, alegando que a pesquisa estaria ligada ao governo e não poderia ser considerada confiável. Seus apoiadores mantêm a posição de que González seria a mais votada, conforme seus próprios cálculos.
O CNE esclareceu que os resultados oficiais começam a ser divulgados às 19h30, horário local (00h30 GMT), e reforçou que as pesquisas de boca de urna não são consideradas resultados oficiais. A presidente do CNE, Diana Atamaint, afirmou que o processo transcorreu sem problemas e que a taxa de comparecimento foi de 83,38%, seguindo os padrões históricos de participação do país.
Além da escolha do presidente e vice-presidente para o período de 2025-2029, os eleitores também votaram para eleger os 151 membros da Assembleia Nacional e cinco representantes do Parlamento Andino.
A segurança foi um dos principais focos da jornada eleitoral, devido à grave crise de violência enfrentada pelo país. Em janeiro de 2024, Noboa declarou um “conflito armado interno” para combater as organizações criminosas, classificadas pelo governo como grupos terroristas, e ordenou operações com o apoio das Forças Armadas.
O processo de contagem dos votos começou imediatamente após o fechamento das urnas, e Gabriel Oña, presidente da junta eleitoral do Colégio Benalcázar, explicou que a apuração é feita com a supervisão de delegados eleitorais e que os resultados de cada mesa de votação são enviados ao sistema do CNE para consolidação.
Embora 16 candidatos disputem a presidência, a competição está centrada principalmente entre Noboa, do partido Ação Democrática Nacional (ADN), e González, do movimento Revolução Ciudadana, ligado ao ex-presidente Rafael Correa. Noboa busca a reeleição após assumir o poder em 2023, enquanto González tenta devolver seu partido ao governo após oito anos fora do poder.
