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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parabenizou a Alemanha pela “grande vitória” conservadora nas eleições legislativas deste domingo no país europeu.
“Parece que o partido conservador da Alemanha conseguiu uma grande vitória nas eleições. Assim como nos Estados Unidos, o povo da Alemanha está cansado da agenda sem senso comum, especialmente em energia e imigração, que vigora há tantos anos”, expressou o líder republicano em sua conta na rede social TruthSocial.
Para Trump, “este é um grande dia para a Alemanha e para os Estados Unidos da América sob a direção de um cavalheiro chamado Donald J. Trump”. “Parabéns a todos. Muitas mais vitórias estão por vir!”, concluiu.
O tom da mensagem contrasta com os comentários claros do entorno de Trump em apoio ao partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD). O AfD foi a segunda força mais votada nas eleições deste domingo com 20% de apoio, enquanto a coalizão conservadora União Democrata Cristã-União Social Cristã (CDU/CSU) foi a mais votada com cerca de 30%.
Enquanto isso, o Partido Social-Democrata (SPD) do chanceler Olaf Scholz sofreu sua pior derrota histórica, terminando a jornada eleitoral em terceiro lugar com 16% dos votos.
Dessa forma, os conservadores alemães, agora liderados por Friedrich Merz, voltarão ao governo após um hiato de três anos, mas serão obrigados a formar rapidamente uma coalizão governamental em um momento político turbulento, com uma extrema-direita mais forte do que nunca na oposição.
“Vencemos estas eleições para o Bundestag (Câmara Baixa). O mundo não espera e tampouco nós, nem longas e difíceis negociações de coalizão”, afirmou o próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz.
“Chegou o momento de conversarmos intensamente entre nós, depois das eleições regionais de Hamburgo (em 2 de março), o mais tardar. Espero que tenhamos formado o governo o mais tardar até a Páscoa”, disse à rede Phoenix.
A CDU não terá maioria na Câmara Baixa, que exige 316 dos 630 assentos, por isso terá que negociar uma coalizão, provavelmente de três partidos, embora tivesse preferido fazê-lo apenas com uma força para dar maior estabilidade ao governo.
Merz, ao se ver obrigado a formar uma coalizão, terá como principal força de oposição no Parlamento o AfD, cuja candidata a chanceler, Alice Weidel, afirmou que sua mão “sempre está estendida para entrar no governo e realizar a vontade do povo”.
O conservador enfrenta o desafio de tirar a primeira economia europeia da recessão. Além disso, ele condicionou um acordo de coalizão a um pacto de migração, já que quer fomentar as deportações e praticamente fechar as fronteiras à imigração irregular.
O líder da CSU, Markus Söder, alertou que “se não houver essa mudança de política, isso pode dar ainda mais força aos radicais” da extrema-direita.
Por sua vez, o chefe da OTAN, Mark Rutte, parabenizou Merz e afirmou que espera trabalhar com ele “neste momento crucial para nossa segurança compartilhada”. “É vital que a Europa aumente os gastos com defesa e sua liderança será crucial”, acrescentou em um post no X.
