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Na última sexta-feira (7), Brad Keith Sigmon, de 67 anos, condenado por duplo homicídio, foi executado por fuzilamento na Instituição Correcional Broad River, em Columbia, na Carolina do Sul.
Esta foi a primeira vez na história do estado que esse método de execução foi utilizado e a segunda no país neste ano. A pena de morte foi aplicada às 18h08, quando três funcionários voluntários da prisão usaram rifles para cumprir a sentença.
O caso Brad Keith Sigmon
Sigmon foi preso em abril de 2001 após assassinar os ex-sogros, William David Larke, de 62 anos, e Gladys Larke, de 59. Ele mantinha um relacionamento com Rebecca Barbare e morava com ela em um trailer próximo à casa dos pais da mulher. Após o fim do namoro, Rebecca se mudou para a residência da família, e Sigmon invadiu o local, atacando os dois com um taco de beisebol. Ambos foram atingidos com nove golpes na cabeça.
Após os assassinatos, ele fugiu, dando início a uma perseguição que durou 11 dias até sua captura em Gatlinburg, Tennessee. Sigmon foi condenado à pena de morte pelos homicídios e a 30 anos de prisão pelo crime de roubo.
Últimas palavras e apelo contra a pena de morte
Antes da execução, Sigmon fez um apelo público pelo fim da pena de morte. Em sua declaração final, ele afirmou:
“Quero que minha última mensagem seja um ato de amor e um chamado aos meus irmãos cristãos para nos ajudar a acabar com a pena de morte. O júri aplicou a lei do olho por olho para justificar minha sentença. Na época, eu era ignorante demais para perceber o erro.”
Ele também argumentou que a sociedade já não vive sob as leis do Antigo Testamento, mas sob o Novo Testamento, segundo declarações divulgadas pela revista Newsweek.
Controvérsia sobre o método de execução
A execução de Sigmon gerou debate não apenas pelo uso do fuzilamento, mas também pelas circunstâncias que levaram a essa escolha. Seu advogado, Gerald “Bo” King, tentou suspender a execução na Suprema Corte da Carolina do Sul, alegando que Sigmon optou pelo pelotão de fuzilamento por temer os efeitos da injeção letal.
King citou o caso de Marion Bowman Jr., executado no estado em 31 de janeiro, cuja morte foi descrita como agonizante. Segundo o advogado, Bowman teria sofrido um quadro semelhante a um afogamento, com os pulmões cheios de sangue e fluidos.
A defesa também argumentou que o estado não forneceu informações suficientes sobre o protocolo da injeção letal, impossibilitando Sigmon de tomar uma decisão plenamente consciente. No entanto, os promotores afirmaram que, ao escolher o fuzilamento, ele abriu mão de qualquer contestação.
O futuro da pena de morte nos EUA
A execução ocorre em um momento em que a pena de morte segue legalizada em 27 estados dos EUA, embora alguns governadores, como os da Califórnia, Pensilvânia, Oregon e Ohio, tenham suspendido sua aplicação.
Uma pesquisa da Gallup, realizada em outubro do ano passado, aponta que 53% dos norte-americanos ainda apoiam a pena de morte, mas a adesão varia entre gerações. Entre os millennials e a geração Z, menos da metade é favorável à prática.
A próxima execução nos EUA está marcada para 13 de março, no Texas, onde David Leonard Wood será morto por injeção letal.
