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O Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) confirmou que continua realizando ataques contra os rebeldes houthis no Iêmen, no segundo dia seguido de operações militares. Segundo o CENTCOM, as forças americanas seguem com a ofensiva contra os “terroristas houthis apoiados pelo Irã”.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que os ataques continuarão até que os houthis cessem suas ofensivas contra embarcações e drones no mar. “Essa campanha tem como foco a liberdade de navegação e a restauração da dissuasão”, explicou Hegseth, destacando que os bombardeios persistirão enquanto os rebeldes continuarem os ataques. “Até lá, seremos implacáveis”, declarou em entrevista à Fox News.
No sábado, as forças americanas atingiram posições dos houthis, resultando na morte de mais de 30 combatentes, segundo informações locais. Hegseth também ressaltou que os ataques dos EUA enviam uma mensagem clara ao Irã, principal aliado dos houthis.
O assessor de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, advertiu que Washington pode adotar medidas militares diretas contra Teerã caso o apoio iraniano aos houthis continue. Waltz afirmou que “todas as opções estão sobre a mesa” e classificou como “completamente inaceitável” o suporte iraniano aos houthis e a outros grupos, como Hezbollah, milícias no Iraque e Hamas.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, enfatizou que os ataques do fim de semana não foram um evento isolado. “Estamos agindo porque eles estão bloqueando a liberdade de passagem do transporte marítimo internacional”, declarou em entrevista à NBC News.
Houthis alegam ataque a porta-aviões dos EUA
Em resposta aos ataques, os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, afirmaram ter bombardeado uma frota liderada pelo porta-aviões USS Harry Truman no Mar Vermelho. Os houthis alegaram ter lançado 18 mísseis e um drone contra o porta-aviões e seus navios de escolta. Horas depois, anunciaram uma segunda ofensiva, classificando a ação como represália às operações militares americanas.
Diante da escalada do conflito, a China pediu diálogo para reduzir as tensões no Mar Vermelho. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, declarou que “a China se opõe a qualquer ação que agrave a situação na região” e defendeu que a crise no Iêmen, que tem “causas complexas”, seja resolvida por meio de negociações.
O conflito no Iêmen e os ataques no Mar Vermelho aumentam a tensão entre os Estados Unidos e os aliados dos houthis, com implicações diretas para a liberdade de navegação e a segurança na região. Desde novembro de 2023, os rebeldes houthis atacaram mais de 100 navios mercantes com mísseis e drones, afundaram duas embarcações e mataram quatro marinheiros. Os líderes do grupo justificam os ataques como uma tentativa de pressionar pelo fim da guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
A ofensiva elevou o protagonismo dos houthis no mundo árabe e reduziu as críticas internacionais contra suas violações de direitos humanos e repressão à dissidência e a trabalhadores humanitários.
Em uma publicação na Truth Social, o ex-presidente Donald Trump afirmou que seu governo já havia combatido os houthis por sua “campanha incessante de pirataria, violência e terrorismo”. Ele ressaltou os impactos dos ataques houthis no tráfego marítimo no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, rotas estratégicas para o transporte de energia e mercadorias entre a Ásia e a Europa pelo Canal de Suez, no Egito. “Usaremos uma força letal avassaladora até atingirmos nosso objetivo”, declarou Trump.
(Com informações da EFE e AP)
