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A Rússia aceitou um cessar-fogo limitado em setores energéticos e infraestruturais da Ucrânia como parte de uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos para pôr fim à invasão russa, conforme confirmou a Casa Branca nesta terça-feira.
Em um comunicado divulgado após uma conversa telefônica de 90 minutos entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, a Casa Branca anunciou que ambas as partes concordaram em iniciar “negociações técnicas” sobre um cessar-fogo marítimo no Mar Negro, além de avançar para um cessar-fogo total e uma paz permanente. “Essas negociações começarão imediatamente no Oriente Médio”, afirmou o comunicado.
Trump e Putin também destacaram a possibilidade de melhorar as relações bilaterais entre os EUA e a Rússia, apontando que isso traria “grandes benefícios econômicos e estabilidade geopolítica”. Durante a conversa, ambos os líderes concordaram que o conflito na Ucrânia “nunca deveria ter começado” e que os recursos da Ucrânia e da Rússia “deveriam ser direcionados para as necessidades de seus povos”.
Além da situação na Ucrânia, os líderes discutiram a proliferação de armas estratégicas e a segurança no Oriente Médio. Eles também expressaram uma posição comum sobre o Irã, afirmando que o país “nunca deveria estar em condições de destruir Israel”.
Detalhes específicos sobre os termos do cessar-fogo e o papel da Ucrânia nas negociações não foram fornecidos.
A proposta foi aceita por funcionários ucranianos na semana passada durante conversas na Arábia Saudita, lideradas pelo secretário de Estado Marco Rubio. No entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se mostrou cético quanto à disposição de Putin para a paz, enquanto as forças russas continuam atacando a Ucrânia.
Trump procurou discutir com Putin sobre terras e plantas de energia que foram confiscadas durante a guerra de três anos, enquanto o chefe do Kremlin deseja impor o fim do fornecimento de armas a Kiev como condição para o cessar-fogo.
De acordo com o Kremlin, Putin e Trump tiveram uma conversa “detalhada e franca”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou anteriormente que já existia um “certo entendimento” entre os dois líderes, com base em uma ligação telefônica realizada em 12 de fevereiro e em contatos posteriores de alto nível entre os dois países.
Os Estados Unidos têm conduzido discussões paralelas com a Rússia, principalmente por meio do enviado especial Steve Witkoff, que viajou a Moscou.
A Rússia apresentou condições consideradas inaceitáveis pela Ucrânia para um cessar-fogo, como a exigência de que Kiev ceda cinco regiões anexadas por Moscou, abandone suas ambições de aderir à OTAN e promova uma mudança de governo.
Por sua vez, a Ucrânia pede garantias de segurança de seus aliados ocidentais e o envio de uma força de interposição para garantir uma eventual trégua.
Trump afirma ter uma relação privilegiada com Putin. Ele já declarou várias vezes que o presidente russo deseja sinceramente a paz na Ucrânia.
Isso não impediu Trump de mencionar, de forma vaga até o momento, possíveis sanções financeiras contra a Rússia, caso não haja progressos para o cessar-fogo.
(Com informações da Reuters e AFP)
