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O governo do ex-presidente Donald Trump revogará o status legal temporário de cerca de 530 mil imigrantes cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos nos Estados Unidos. A medida foi oficializada em um aviso publicado no Registro Federal nesta sexta-feira (21) e faz parte da estratégia do republicano para endurecer as regras de imigração.
A decisão entrará em vigor em 24 de abril e encurta o período de “parole” concedido aos migrantes sob o mandato de Joe Biden. Esse programa permitia que estrangeiros entrassem legalmente no país por via aérea, desde que tivessem patrocinadores nos EUA.
Trump vem reforçando sua postura contra a imigração desde que assumiu a presidência e defende a deportação em larga escala. Ele argumenta que os programas de liberdade condicional criados pelo governo democrata ultrapassaram os limites da legislação federal e ordenou sua revogação em um decreto assinado em 20 de janeiro.
O ex-presidente também indicou que pode retirar o status de proteção temporária de aproximadamente 240 mil ucranianos que fugiram para os Estados Unidos após o início da guerra com a Rússia. “Tomarei essa decisão muito em breve”, declarou Trump no último dia 6 de março, em resposta a uma reportagem da Reuters que revelou os planos da sua gestão de revogar essa autorização já em abril.
Deportações para a Venezuela
Em meio às mudanças na política migratória, os Estados Unidos e a Venezuela – que não mantêm relações diplomáticas desde 2019 – chegaram a um acordo para retomar os voos de deportação. A decisão veio após Washington suspender uma licença que permitia à petroleira Chevron operar no país, como retaliação ao que o governo americano considerou uma demora no processo de repatriação.
“Maduro deve parar de enganar e programar voos regulares e semanais de repatriação”, publicou o Departamento de Estado dos EUA na rede social X, dois dias depois de o secretário Marco Rubio ameaçar impor novas sanções à Venezuela.
Em fevereiro, mais de 600 venezuelanos foram deportados. Desde 2014, quase 8 milhões de pessoas deixaram a Venezuela, de acordo com a ONU. A crise econômica do país reduziu seu PIB em cerca de 80%, levando muitos cidadãos a buscar melhores condições de vida no exterior. O presidente Nicolás Maduro, por sua vez, atribui o êxodo às sanções impostas pelos EUA e minimizou por anos a dimensão da diáspora venezuelana.
(Com informações da Reuters)
