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O juiz distrital dos Estados Unidos, James Boasberg, determinou nesta quinta-feira (28) que todas as partes envolvidas no chat do Signal vazado durante o governo Trump preservem as mensagens divulgadas. A decisão busca dar mais tempo para avaliar o uso do aplicativo por altos funcionários da administração em discussões sobre um ataque militar aos Houthis no Iêmen. A ordem foi emitida em meio a uma ação movida pelo grupo de transparência governamental American Oversight, que questiona se houve violação de leis federais de arquivamento.
O chat do Signal tornou-se infame após a revelação de que altos funcionários dos EUA incluíram, inadvertidamente, o editor-chefe do Atlantic, Jeffrey Goldberg, nas conversas por vários dias. Durante uma audiência de 25 minutos, Boasberg ordenou que o governo federal preserve todas as comunicações do Signal entre 11 e 15 de março, período em que ocorreram as discussões sobre a ação militar no Iêmen.
Boasberg, que já enfrentou críticas da administração Trump, enfatizou que sua atribuição ao caso foi feita de forma aleatória por um sistema eletrônico de distribuição de processos. A declaração veio após o ex-presidente Donald Trump acusá-lo nas redes sociais de “escolher casos relacionados a Trump”. O juiz refutou a alegação, detalhando o processo de distribuição aleatória utilizado pelo tribunal.
Boasberg tem se envolvido em disputas com o governo Trump, incluindo o fracasso da administração em cumprir ordens judiciais relacionadas a voos de deportação. No início deste mês, cerca de 261 migrantes, incluindo nacionais venezuelanos e supostos membros da gangue Tren de Aragua, foram enviados dos EUA para El Salvador, apesar de uma ordem explícita do tribunal para retorno imediato.
O Departamento de Justiça invocou o privilégio de segredos de Estado na batalha judicial em andamento, permitindo à administração Trump reter informações por razões de segurança nacional. A administração também prometeu apelar ao Supremo Tribunal contra uma decisão do tribunal de apelação de D.C., que manteve a ordem de Boasberg bloqueando os voos de deportação.
