Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. A líder da direita francesa, Marine Le Pen, e outros oito eurodeputados de seu partido foram condenados nesta segunda-feira (31) por desvio de fundos do Parlamento Europeu. A sentença determina sua inelegibilidade imediata por cinco anos para ocupar qualquer cargo público, além de uma pena de quatro anos de prisão – sendo dois em regime fechado, que podem ser cumpridos com monitoramento eletrônico – e uma multa de 100 mil euros.
A presidente do tribunal considerou comprovado o desvio de fundos entre 2004 e 2016, classificando como “fictícios” os contratos de 12 assessores parlamentares do partido durante as três últimas legislaturas. Segundo a decisão, apesar de estarem na folha de pagamento do Parlamento Europeu, esses funcionários trabalhavam, na realidade, para o partido. Ao todo, o valor desviado foi estimado em 2,9 milhões de euros, dos quais 474 mil euros são atribuídos diretamente a Le Pen. Entre os nomes citados, estão seu guarda-costas, Thierry Légier, e sua secretária pessoal, Catherine Griset, que foram registrados como assistentes parlamentares.
O Tribunal Correcional de Paris atendeu ao pedido da Promotoria e declarou Marine Le Pen inelegível por cinco anos, impedindo sua participação em futuras eleições. A decisão coloca em risco sua carreira política e sua possível candidatura à presidência da França em 2027, para a qual aparecia como uma das favoritas nas pesquisas. Além da inelegibilidade, a sentença impõe quatro anos de prisão, sendo dois em regime fechado sob vigilância. A Justiça francesa, no entanto, apontou que o esquema não resultou em enriquecimento pessoal dos eurodeputados, mas sim em um “conforto de vida” para os líderes do partido e em benefícios financeiros para a legenda.
Após a condenação de Le Pen, o Kremlin criticou a decisão e afirmou que cada vez mais governos europeus estão violando as normas democráticas. “Cada vez mais capitais europeias seguem o caminho de desrespeitar as regras democráticas”, declarou o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, em entrevista coletiva.
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Reação do Kremlin

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