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Os Estados Unidos impuseram sanções, nesta quarta-feira (16), a uma refinaria chinesa acusada de ter comprado mais de US$ 1 bilhão em petróleo do Irã. Segundo o governo norte-americano, os lucros dessas transações ajudam a financiar tanto o regime de Teerã quanto o apoio iraniano a grupos considerados terroristas.
A refinaria sancionada, localizada na província de Shandong, na China, teria recebido dezenas de carregamentos de petróleo iraniano, totalizando mais de US$ 1 bilhão, conforme informou o Departamento do Tesouro dos EUA. Parte do petróleo teria origem em uma empresa de fachada ligada à Guarda Revolucionária do Irã, segundo autoridades norte-americanas.
Além disso, várias empresas e embarcações envolvidas nas remessas também foram adicionadas à lista de sanções.
As novas penalidades foram aplicadas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), como parte dos esforços contínuos da administração para interromper o fluxo de petróleo iraniano — que, segundo os EUA, é transportado por uma “frota secreta” de navios. O país já havia sancionado dezenas de pessoas físicas e embarcações ligadas a esse comércio.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou em comunicado:
“Qualquer refinaria, empresa ou corretor que decida comprar petróleo do Irã ou facilitar esse comércio está se colocando em grave risco. Os Estados Unidos estão comprometidos em interromper todos os envolvidos na cadeia de suprimento de petróleo iraniano, que o regime usa para apoiar seus aliados e parceiros terroristas.”
O Irã é acusado de apoiar grupos militantes como os houthis, do Iêmen — que têm realizado ataques a embarcações internacionais —, além do Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza.
Durante sua audiência de confirmação no início deste ano, Bessent criticou as políticas de sanções da administração Biden e defendeu um sistema mais “musculoso”, com foco em entidades iranianas, russas e no setor petrolífero.
Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado, afirmou em nota nesta quarta-feira que o ex-presidente Donald Trump “está comprometido em reduzir a zero as exportações ilícitas de petróleo iraniano, incluindo aquelas destinadas à China”.
Bruce reforçou: “Enquanto o Irã tentar obter receitas com petróleo para financiar suas atividades desestabilizadoras, os Estados Unidos responsabilizarão o regime iraniano e todos os seus parceiros que ajudarem na evasão das sanções”.
As sanções foram anunciadas no mesmo dia em que o Irã confirmou que a próxima rodada de negociações com os EUA sobre seu programa nuclear será realizada em Roma.
Procurados pela imprensa, representantes dos governos da China e do Irã não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.
Trump não descarta ação militar contra o Irã
Na segunda-feira, Donald Trump prometeu “resolver o problema” do programa nuclear iraniano e afirmou que não descarta o uso de força militar para impedir que Teerã obtenha armas nucleares.
“Eles são radicalizados e não podem ter uma arma nuclear”, disse Trump durante uma coletiva na Casa Branca. Questionado se isso incluiria um possível ataque às instalações nucleares do Irã, o ex-presidente respondeu: “Claro que sim”.
Para Trump, trata-se de “um problema quase simples”, já que “o Irã precisa abandonar a ideia de ter armas nucleares”.
“Eles não podem ter uma arma nuclear”, reforçou. “Se aceitarem isso, podem ser um país rico, uma grande nação. Mas só há uma condição, uma coisa muito simples: não podem ter uma arma nuclear. E precisam ser rápidos, porque estão bem perto de conseguir uma. E eles não vão conseguir. Se precisarmos fazer algo muito duro, faremos”, advertiu.
As declarações ocorrem em meio a contatos indiretos realizados no fim de semana entre delegações dos EUA e do Irã em Omã — conversas que devem continuar no próximo fim de semana na Itália.
(Com informações da AP)
