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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (24) que estabelecerá um prazo “em breve” para alcançar um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, enquanto endureceu seu tom em relação aos ataques russos à capital ucraniana.
As declarações ocorreram durante um almoço de trabalho com o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, na Casa Branca. “Tenho meu próprio prazo e queremos que seja rápido”, afirmou Trump ao ser questionado pela imprensa sobre o prazo para sua proposta de paz.
Ele acrescentou que, em sua opinião, ambas as partes desejam terminar com o conflito, mas destacou que “precisam se sentar à mesa. Estamos esperando há muito tempo”.
Horas antes desse encontro, o mandatário republicano publicou uma mensagem em sua rede social, Truth Social, onde classificou como “desnecessários” os recentes bombardeios russos sobre Kiev.
“Não estou contente com os ataques russos a Kiev. Desnecessários e em um momento ruim. Vladimir, CHEGA!”, escreveu Trump, em uma rara demonstração pública de reprovação ao presidente russo, Vladimir Putin.
Apesar dessa crítica, Trump evitou responder se seu governo planeja impor novas sanções contra Moscou, caso os ataques continuem.
Desde seu retorno ao poder em janeiro, Trump adotou uma postura mais severa em relação ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem acusa de obstruir o processo de negociação.
Em diversas ocasiões, Trump questionou a negativa do presidente ucraniano em reconhecer a anexação russa da Crimeia, ocupada por Moscou desde 2014, como parte de um possível acordo.
Veículos de comunicação dos Estados Unidos informaram que esse reconhecimento seria um dos pontos centrais incluídos pela Casa Branca em sua proposta de plano de paz.
Embora a Administração não tenha confirmado oficialmente, as declarações do vice-presidente JD Vance reforçaram essa versão. Durante uma visita à Índia na quarta-feira, Vance afirmou que a proposta de Washington é “muito explícita” e alertou que o tempo para tomar uma decisão está se esgotando.
“Chegou a hora de ambas as partes aceitarem ou os Estados Unidos se retirarão do processo”, declarou.
Trump afirmou que a Rússia aceitou não tomar toda a Ucrânia como parte das concessões para um acordo de paz.
Ainda nesta quinta-feira, Donald Trump também afirmou que a Rússia fez “concessões bastante grandes” no contexto da guerra na Ucrânia, incluindo sua disposição em não ocupar todo o território ucraniano.
De acordo com o presidente republicano, esse gesto sugere que as partes podem estar perto de um acordo. “Parar a guerra, não tomar todo o país. Concessões bastante grandes”, declarou Trump ao ser questionado pela imprensa.
Trump indicou que houve avanços significativos, mas evitou fornecer detalhes concretos. “Vamos ver o que acontece nos próximos dias”, afirmou.
O presidente ressaltou que sua única lealdade é ao objetivo de “salvar vidas” e descartou que Moscou seja um obstáculo para a paz.
“Estou pressionando muito a Rússia”, disse ele, enquanto deixava em aberto a possibilidade de novas sanções contra o Kremlin. “Preferiria responder em uma semana. Quero ver se podemos chegar a um acordo”, acrescentou.
(Com informações da EFE)
