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O governo da Espanha trabalha para recuperar a normalidade após o apagão “excepcional” que deixou todo o país sem eletricidade nesta segunda-feira (28). O presidente Pedro Sánchez afirmou que o primeiro objetivo é restabelecer os serviços essenciais, e o segundo, entender o que causou o colapso do sistema elétrico nacional, resultando no primeiro “zero absoluto” energético da história do país.
Em sua primeira declaração sobre o incidente, Sánchez ressaltou que, embora ainda não haja provas conclusivas sobre a origem do apagão, nenhuma hipótese está sendo descartada. “Não temos provas definitivas, mas estamos investigando todas as possibilidades”, afirmou o presidente.
O Centro Criptológico Nacional (CCN), vinculado ao Centro Nacional de Inteligência (CNI), já está trabalhando para esclarecer as circunstâncias do ocorrido. Fontes do CCN confirmaram que detectaram uma “grande atividade incomum proveniente do Norte da África” dias antes do apagão. Embora as investigações estejam em andamento, o CNI informou que essa atividade não veio de Marrocos.
O apagão ocorreu às 12h33 de segunda-feira, quando 15 gigawatts — cerca de 60% da energia consumida naquele momento — desapareceram da rede elétrica em apenas cinco segundos, algo que as autoridades classificaram como “muito estranho” e “jamais ocorrido”. O CNI investiga se essa falha está relacionada à atividade incomum detectada no Norte da África, coincidente com um alto risco de ciberameaças contra a rede elétrica de Espanha e Portugal.
Uma das hipóteses levantadas é a de que o apagão tenha sido causado por um ataque de negação de serviço, combinado com injeção de comandos maliciosos e protocolos industriais de comunicação. No entanto, fontes do CNI alertam que ainda é cedo para afirmar que o incidente tenha sido causado por um ciberataque, já que também se considera a possibilidade de um “erro multicausal” entre a Espanha e a França.
Em suas palavras, o presidente Sánchez advertiu sobre a crescente ameaça de ciberataques: “Os inimigos da Europa não usam apenas mísseis e tanques, eles recorrem às redes sociais para desinformar, polarizar a população e utilizam ciberataques articulados com inteligência artificial para comprometer nossas comunicações, serviços públicos e nossa forma de vida”. Nos últimos meses, a Espanha tem sido alvo de um número crescente de ciberataques devido à sua postura em relação aos conflitos na Ucrânia e em Gaza.
