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O grupo terrorista Hamas anunciou neste domingo, por meio de um comunicado, que irá libertar o soldado americano-israelense Edan Alexander como parte dos esforços para “alcançar um cessar-fogo, abrir as passagens fronteiriças e permitir a entrada de ajuda e assistência humanitária” na Faixa de Gaza.
O grupo palestino, no entanto, não especificou quando Alexander será libertado.
Mais cedo, foi revelado que representantes do Hamas e dos Estados Unidos mantiveram conversas diretas em Doha nos últimos dias. A informação foi confirmada à agência AFP por duas fontes do grupo terrorista, sendo que uma delas afirmou que houve “avanços” em direção a uma trégua em Gaza.
“Houve conversas diretas em Doha entre líderes do Hamas e dos Estados Unidos sobre um cessar-fogo em Gaza, a troca de prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária”, disse um alto dirigente do Hamas, acrescentando que as negociações “ainda estão em andamento”.
Um segundo integrante do grupo afirmou que houve “avanços… especialmente na entrada de ajuda na Faixa de Gaza” e na possível troca de reféns por prisioneiros palestinos sob custódia de Israel, “em especial no que se refere a Edan Alexander”, o refém com cidadania americana e israelense mantido por militantes.
Esse mesmo dirigente mencionou ainda progressos “no cessar-fogo na Faixa de Gaza”.
Ao mesmo tempo, fontes do portal norte-americano Axios informaram que o enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, tem mantido conversas com Israel, Catar e Egito sobre um possível acordo para libertação de reféns e “ampliação dos esforços para reduzir o conflito”, sem mais detalhes.
De acordo com a emissora pública de Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu realizará uma reunião ainda nesta noite com ministros e altos membros da área de segurança para discutir um eventual acordo de troca de prisioneiros ou a retomada dos combates em Gaza.
Em uma declaração anterior, Netanyahu falou sobre “dias críticos” para a guerra em Gaza e sugeriu que o Hamas poderia libertar o soldado americano-israelense Edan Alexander “como gesto” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve visitar a região na próxima semana, segundo o portal israelense Walla.
Por outro lado, o grupo terrorista palestino divulgou um vídeo em que aparecem dois dos reféns que supostamente seguem vivos na Faixa de Gaza — Yosef Haim Ohana e Elkana Bohbot. Neste vídeo, Bohbot aparece em aparente estado de saúde debilitado, após, segundo seu companheiro, ter deixado de beber e se alimentar.
Ohana é visto sentado no chão ao lado de Bohbot, deitado, e se apresenta como o “prisioneiro número 21”, enquanto o outro seria o “prisioneiro número 22”. Conforme relato de Ohana, seu companheiro “tem tentado se machucar constantemente” e “não consegue fazer mais nada” devido ao agravamento de seu estado.
“Nossas vidas estão em perigo iminente, cada minuto é crucial”, afirmou, em uma mensagem semelhante a outras já divulgadas em vídeos anteriores pelo Hamas desde o ataque sem precedentes lançado em solo israelense em 7 de outubro de 2023, o qual deu início à ofensiva militar de Israel em Gaza.
Ohana faz um apelo ao governo de Netanyahu e pede, por exemplo, o fim dos ataques aéreos, que colocam em risco tanto os civis palestinos quanto os reféns ainda mantidos em cativeiro na Faixa. Segundo o próprio Netanyahu reconheceu, ainda restam, ao menos oficialmente, 21 reféns vivos.
(Com informações da EFE)
